Há cinco dias a região de Artsakh (em armênio), ou Nagorno-Karabakh (em azeri), um enclave de maioria armênia no Azerbaijão, é vítima de um cerco.
A única entrada que liga a região com a Armênia foi bloqueada pelas forças do governo do Azerbaijão, bem como o fluxo de gás que vem do país vizinho.
Aparentemente, por trás desse bloqueio encontram-se interesses de grandes capitalistas estrangeiros, conforme uma investigação da Civilnet replicada pela agência Novosti-Armenia.
Em julho, o governo do Azerbaijão assinou um acordo com a Anglo Asian Mining Company, empresa britânica que tem como um de seus acionistas John Henry Sununu, pai do governador de News Hampshire, Chris Sununu, assessor sócio da família Bush.
O acordo concedeu a gestão de diversas minas da região para a companhia imperialista por três bilhões de dólares. Dentre elas, a mina de cobre-molibdênio Kashen, localizada na região de Martakert, dentro de Artsakh/Nagorno-Karabakh – que era operada por uma empresa armênia, a Base Metal.
Os capitalistas britânicos e norte-americanos, assim, para garantir os seus interesses, estão mantendo 120 mil pessoas sob o bloqueio, incluindo 30 mil crianças. São 1.100 pessoas separadas de seus familiares, dentre elas 270 crianças. Além disso, conforme as últimas informações 11 pessoas internadas em um hospital local correm risco de vida por causa do bloqueio das vias. As aulas também foram suspensas e há denúncias de que os estoques de combustíveis, insumos médicos e alimentos básicos podem se esgotar em breve, caso o bloqueio não seja levantado.