O identitarismo escala em proporções cinematográficas na defesa do nazismo no 75º Festival de Cannes.
Ironicamente, o festival de Cannes foi criado devido ao Ministro da Educação e Belas Artes da França em 1935, Jean Zay, e foi uma resposta ao festival de Veneza, onde os governos nazifascistas da Itália e Alemanha haviam escolhidos os filmes que foram exibidos, assim como os jurados. Zay fez um discurso onde propôs a criação de um festival cinematográfico a nível mundial como combate ao festival fascista. Sua ideia foi concretizada em 1939 devido a influência do governo francês. O primeiro festival foi interrompido devido a II Guerra Mundial, e apenas em 1946 o festival de Cannes foi oficializado, ocorrendo em setembro daquele ano.
O Festival de Cannes nasceu com uma proposta de um lugar plural, polifônico e inclusive. Entretanto, sabemos que no capitalismo, isso é impossível de acontecer. Basta verificar quantos filmes americanos e africanos receberam o maior prêmio concedido no festival, a Palma de Ouro. É importante salientar que apesar de ter premiação, a proposta é de um festival, onde há mostras de filmes, interação entre os participantes e de um debate constante.
O Festival de Cannes é conhecido por eventos inesperados e, neste ano, a “surpresa” foi grande…
O festival começou no dia 17/05 e teve a participação do presidente nazifascista ucraniano Volodymyr Zelensky, pedindo para que o mundo do cinema se manifeste contra a guerra em seu país.
“Precisamos de um novo Charlie Chaplin para provar que hoje o cinema não é silencioso [referindo-se a crítica de Charlie Chaplin ao Adolf Hitler no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939]. Não se desesperem, o ódio vai desaparecer e os ditadores morrerão. Precisamos do cinema para garantir esse final, que toda vez seja do lado da liberdade”, disse o fascista. Zelensky não citou nomes e, no final do seu “discurso”, foi aplaudido pelos presentes.
Outro acontecimento foi a ação do identitarismo na porta do festival. Uma mulher, cuja identidade ainda não foi revelada, estava no tapete vermelho e arrancou sua roupa, mostrando o corpo pintado com as cores da bandeira ucraniana com a frase “parem de nos estuprar”, iniciando nos peitos e na barriga, além de marcas de mãos vermelhas, imitando sangue, na região da barriga, do ventre e nádegas. A mulher foi prontamente retirada pelos seguranças, que a cobriram com um paletó.
No final, vemos que o Festival de Cannes está sendo palco para propaganda anti-Rússia. O identitarismo deste “protesto”, com base em acusações farsescas de estupro de mulheres ucranianas por tropas russas, é a prova de que o identitarismo serve justamente para defender a politica imperialista.
Para saber a verdade sobre o nazismo na Ucrânia, acompanhe o Canal Internacionalismo na COTV.