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Não à militarização escolar!

Educadores em Luta/PCO: sobre derrota do projeto cívico-militar

Nota da Corrente Sindical Causa Operária sobre a derrota do projeto militarização da educação em Piracicaba-SP

Neste sábado (12) , em Piracicaba-SP, a comunidade escolar da E.E. Profª Maria de Lourdes Silveira Cosentino impôs uma derrota a proposta de transformar a unidade escolar em “Cívico- Militar”. Neste ano de 2022, a escola possou a oferecer o Projeto de Tempo Integral aos estudantes do Fundamental, Anos Finais e Ensino Médio, além manter o ensino regular no período noturno.


A PROPOSTA


A proposta partiu do Prefeito Luciano Almeida (DEM) que aderiu ao Programa do Governo Federal. A gestão escolar foi informada da possibilidade de transformar a unidade escolar em Cívico Militar três dias antes da realização da Audiência com a comunidade.
Às pressas a comunidade escolar se organizou para comparecer a Audiência, que foi realizada no dia de ontem, as 19 horas nas dependências da escola.
A apresentação do projeto foi feita pela representante da Prefeitura, que iniciou com um vídeo institucional do estado do Rio Grande do Sul. Logo após essa apresentação inicial a comunidade já começou seus questionamentos: como se daria a abordagem policial dentro da escola? Por que apresentar o projeto nas escolas de periferia, que já sofrem com a repressão do estado, através da PM?
Educadores em Luta
A professora Marina Madeira, integrante da Corrente Sindical de Educadores em Luta/PCO pediu a fala inicialmente e já se posicionou claramente contra a proposta e apresentou as denúncias reais sobre as escolas cívicos militares, que vão desde assédio sexual a ameaças de morte por parte dos integrantes militares aos estudantes e professores. Chamou a atenção dos presentes para a similaridade dessas propagandas oficiais das “escolas cívico-militares” com as feitas para a promoção da FEBEM.

GOLPE NA VOTAÇÃO

Diante dos questionamentos e posicionamentos contrários ao projeto, a representante da prefeitura buscou atropelar a audiência e encaminhar uma votação, que foi rechaçada pela comunidade. Diante disso, ouvindo a comunidade escolar, a própria gestão escolar declarou que não iria aderir ao projeto dando por encerrada a audiência.
Sobre aplausos dos estudantes, pais, professores e toda comunidade escolar a proposta da escola cívico-militar foi derrotada.

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