─ Brasil 247 ─ A alta direção da Record determinou nesta quarta-feira (10) que o Jornal da Record passe a ser exibido gravado. A pauta do programa será definida por volta de 18h30, e a gravação, às 19h, uma hora antes de ir ao ar.
Será a primeira vez que a emissora de Edir Macedo vai usar esse modelo em um jornalístico. Produtores e repórteres do principal noticiário da empresa temem censura a temas críticos a Jair Bolsonaro (PL). A reportagem é do portal Notícias da TV.
A informação foi publicada inicialmente pelo TV Pop e confirmada pelo Notícias da TV com fontes. A coluna apurou que a ordem veio de diretores ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, liderada por Edir Macedo, dono da rede. O motivo alegado foi uma série de erros técnicos no último mês na exibição ao vivo. Foram exemplificados pelo menos cinco considerados inaceitáveis.
A gota d’água foi um erro ocorrido na edição da última terça (9), quando Christina Lemos chamou uma reportagem sobre as eleições presidenciais, e uma outra matéria sobre outro assunto totalmente diferente entrou no lugar. Erros de português em tarjas também foram apontados.
A direção determinou o fato como se fosse uma “punição” para a equipe, prometendo que isso seria temporário. No entanto, uma data limite não foi dada. Ou seja, os profissionais encaram o novo dia a dia como algo por tempo indeterminado.
Com isso, o Jornal da Record vai deixar de noticiar situações importantes que aconteçam antes das 19h. A ordem para afiliadas é tentar não deixar tão explícito que tudo está gravado, inclusive a entrada dos repórteres, que devem ser feitas como se fosse ao vivo.
Leia a edição de hoje, n. 6.828, do Diário Causa Operária