Luan Monteiro

Membro da Direção Nacional do Partido da Causa Operária e da Aliança da Juventude Revolucionária.

Campanha histórica

É preciso defender o legado da Seleção, contra os abutres

Se depender da imprensa capitalista, atuação dos nossos craques será apagada

A Seleção Brasileira estava uma máquina. Reuniu os melhores jogadores do mundo, espalhados por vários países, a pura nata do futebol brasileiro, o suco concentrado do futebol-arte. Há muitos anos não se via uma equipe tão incrível assim. Se depender da nossa imprensa, da imprensa internacional e dos setores reacionários presentes tanto na esquerda quanto na direita, esse elenco fabuloso corre risco de ser esquecido ou, melhor dizendo, diminuído e atacado pelos abutres, a ponto de ser apagado da história.

Esse foi uma dos melhores elencos que vi jogar. Eu, que tive a oportunidade de ver poucas Copas, tenho mais lembranças da Copa de 2006 para cá, somente. Na Copa realizada na Alemanha, pude ver brilharem astros como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano, Robinho, Kaká, Roberto Carlos, Cafú. Alguns já estavam se despedindo da camisa canarinho, jogando sua última Copa, mas ainda assim promoviam um espetáculo para os torcedores no mundo todo. Lembro como se fosse ontem da eliminação trágica para a França, com o gol suado do craque Thierry Henry e do jogaço que fez Zidane, que estava também em sua última Copa, se aposentando pouco depois.

A derrota brasileira era uma coisa inexplicável naquele momento. Muito novo na época, custei a entender como um timaço daquele poderia ser eliminado. Uma Seleção que vinha também de um glorioso título em 2002.

Este ano, a sensação foi parecida. Uma seleção de altíssimo nível, dando um baile dentro de campo, sendo eliminada dessa forma. Desta vez com um agravante: fomos assaltados na cara dura pela arbitragem. Muito já se foi falado sobre essa fraude orquestrada pela FIFA e pelo imperialismo europeu, então não vou me ater a esse detalhe.

Meu objetivo aqui é reforçar a necessidade de defendermos esse pedaço da história, que sofre uma campanha negativa colossal por parte da imprensa venal. De forma mais intensa se comparado a outras Copas, o imperialismo agora está tomando cada vez mais controle do futebol e fazendo de tudo para destruí-lo. E parte dessa campanha tem como alvo principal o Brasil, o berço do futebol-arte, o melhor futebol do mundo, que encantou a todos por onde passou. Em outras Copas, mesmo quando não consagrada a vitória do título, a seleção canarinho deixava seu legado, deixava sua marca na história. Foi assim tanto em 2006, como em 98, 82, 74 e até mesmo o “Maracanaço” de 50.

É fato que, desde os primórdios das seleções e dos torneios mundiais, o Brasil – e os jogadores brasileiros, como um todo – sempre tiveram a imprensa como o maior de seus inimigos. O “peso” da camisa, somado à campanha criminosa dos jornais e das redes de TV são fatores muitas vezes decisivos para o resultado final. Ainda assim, com todos esses inimigos, a Seleção prosperou em várias Copas, sendo a única pentacampeã do mundo e, mesmo não sendo campeã em algumas ocasiões, teve seu legado defendido, uma marca cravada na história, sacramentada pela enorme quantidade de craques que já estiveram em campo vestindo a canarinho e dando orgulho para a torcida brasileira.

Não podemos permitir que o imperialismo saia vitorioso. Não podemos tolerar que esses abutres fantasiados de jornalismo, mas cujo trabalho intelectual não passa de esgoto antinacional, destruam essa Seleção, que foi uma das melhores da história do nosso futebol. Jovens com fome de gol, apresentando um futebol bonito, dançante e que desconcertou os adversários, tinha tudo para vencer. Não venceu por conta da pressão, da campanha negativa em torno dos nossos craques, principalmente Neymar. A campanha foi e ainda está sendo uma barbaridade. Não faltou comentarista de meia tigela para falar que Tite errou, que Neymar não apresentou bom futebol, que Alisson não era bom goleiro, que jogadores muito jovens foram bater pênalti, que a convocação do experiente Daniel Alves foi um erro… Enfim, arrumam todo tipo de motivo para difamar os nossos craques, que fizeram bonito dentro de campo. O Brasil não foi eliminado por causa dos jogadores ou dos seus técnicos. Precisamos ter isso claro para poder manter uma firme campanha em defesa dessa seleção histórica.

É dever de um partido revolucionário, com verdadeiras obrigações com a classe trabalhadora, defender esse legado. Os abutres serão vencidos e o time de Tite entrará para história pelo belíssimo futebol apresentado e por não ter baixado a cabeça para esse bando de imundos que se vendem para atacar uma das maiores pérolas do Brasil e de sua cultura. Para eles, a lata de lixo da história já guarda um lugar especial.

A Seleção é um patrimônio do povo e não abriremos mão dela de forma alguma.

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