Pesquisas divulgadas nos últimos dias apontaram que mais de 60% dos brasileiros consideram que não têm o mínimo que seria suficiente para se alimentar.
Isso significa que de cada 10 brasileiros, seis passam fome em parte dos seus dias, na maioria das vezes de forma regular.
Em todo o País, são milhões os pais que deixam de comer uma ou mais vezes por dia para garantir a alimentação dos filhos. A esmagadora maioria dos brasileiro não chega a consumir o mínimo de calorias necessário para se sustentar.
Também foi revelado que 33 milhões de pessoas passam fome, de forma regular no Brasil nos dias de hoje. Isso, quando nosso País é um dos maiores produtores mundiais de alimentos. Somos o maior produtor de soja, de açúcar e café e o maior exportador de milho, responsável por 50% do mercado mundial desse grão. Temos o segundo maior rebanho bovino do mundo (só perdendo para a índia onde a vaca é considerada sagrada).
Estima-se que o Brasil esteja perto de produzir o necessário para alimentar quase 1 bilhão de pessoas. No entanto, aqui, temos mais 120 milhões de brasileiros passando fome ou comendo muito mal.
A inflação nos alimentos não para de crescer e não há salário que dê conta para fazer as compras do mês, comprar o pão de cada dia, fazer a feira etc.
A revolta contra essa situação é que tem dado lugar a muitas greves, mesmo contra as direções pelegas de sindicatos, que não buscam mobilizar os trabalhadores, como se viu nos casos recentes dos motoristas de São Paulo, garis do Rio de Janeiro, metalúrgicos de Volta Redonda etc. etc.
Por todos os lados, a direita golpista e sua venal imprensa procuram colocar em destaque outros temas, para fazer os trabalhadores deixarem de lado a fome, a inflação, o desemprego, a entrega das riquezas de nosso País etc.
Querem ver o povo discutindo questões secundárias para ocultar a dura e explosiva realidade a que os golpistas levaram nosso país.
Querem impor a terceira etapa do golpe de Estado iniciado em 2016. Para isso, buscam cassar a liberdade de expressão (cassando as redes sociais do PCO); atacam os sindicatos (com pesadas multas) e lançam novas calúnias contra o candidato dos trabalhadores, o ex-presidente Lula.
É preciso denunciar toda essa política criminosa e exigir a mobilização das organizações de luta dos trabalhadores, da CUT, dos sindicatos, do MST etc. em uma grande campanha nacional, de luta, nas ruas, em defesa das nossas principais reivindicações, de um programa real, que tenha como centro os problemas e necessidades reais da classe trabalhadora.
- Contra a fome: auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo para todos enquanto durar a crise
- Contra o desemprego, redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução dos salários
- Reposição das perdas salariais, 50% de reajuste de todos os salários e/ou gatilho salarial, a cada três meses ou quando a inflação alcançar 3%
- Fim das privatizações, controle dos trabalhadores sobre as estatais, cancelamentos das já realizadas
- Expropriar os bancos, grandes empresas e latifúndios
- Lula presidente, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.