Os primeiros dias das ações defensivas das tropas russas na Ucrânia deixaram claro, mesmo com a falsificação da Rede Globo e de toda imprensa capitalista, o que realmente está em jogo naquele conflito.
O que temos é a devida e combativa reação do governo russo contra a ofensiva do imperialismo norte-americano, os maiores genocidas do Mundo, que querem intensificar sua política de colonização e dominação dos países do Leste Europeu e de aprofundar a submissão da Europa.
Os abutres se juntam e foi assim que todas as potências imperialistas declararam seu apoio ao governo dos nazistas ucranianos (e também a suas milícias fascistas). Esses governos que armaram os nazistas, que deram o golpe de Estado na Ucrânia em 2014, que fecharam os olhos (e incentivaram, de fato) os massacres políticos e raciais realizados pelos nazistas de carne e osso contra trabalhadores e a população em geral da região do Donbass, como quando os bandos nazistas atearam fogo na sede dos sindicatos e mataram 42 pessoas.
Agora, esses falsos “pacifistas” estão enviando mais armas para os bandos fascistas, a contratação de mercenários estrangeiros (até do Brasil) para lutar contra os russos, como também anunciaram medidas de ataques ao povo russo nas áreas da economia, cultura, esportes, tecnologia, etc.
Agindo de forma acertada, as forças russas promoveram uma destruição controlada, porém de grande amplitude, da capacidade ofensiva do Exército ucraniano (mais de 1.600 unidades militares destruídas), com reduzido número de mortos civis para uma operação de tamanha envergadura.
A burguesia imperialista, e seus chefes políticos como Joe Biden e Boris Jonhson (foto), usa contra a Rússia as armas que vêm usando há décadas contra inúmeros povos que – pelos mais variados motivos – ousaram defender sua independência e defender seus interesses, desafiando a vontade dos “donos do mundo”. Os grandes capitalistas detrás do Estado norte-americano e da OTAN não se importam de levar à morte centenas de milhões ou bilhões de pessoas (nas guerras, com a fome, na miséria, desemprego, êxodo etc.), para defender seus lucros bilionários, pelos meios que considerem necessários. Bombardearam cidades inteiras, como fizeram no Vietnã, no Iraque, no Afeganistão, na Iugoslávia/Sérvia, na Síria, na Líbia, etc. Roubaram as riquezas de nações inteiras. Deixaram milhões morrerem sem vacinas, remédios. Deram golpes de Estado e colocaram seus capachos para governar países pobres como a Ucrânia e o Brasil, etc.
Como em todos os conflitos do imperialismo com países pobres e oprimidos, por detrás da propaganda capitalista, o que temos é a selvagem ação das forças mais reacionárias de toda a história da humanidade, que procuram se disfarçar de “democratas”, “defensores da paz”, etc., mas que buscam submeter e aniquilar seus adversários em uma aliança com os setores mais retrógrados, como é o caso dos nazistas ucranianos.
Os explorados de todo o mundo, tendo à frente o seu pelotão de vanguarda, a classe operária mundial, precisa tomar posição diante do conflito. É preciso defender seus próprios interesses de classe, os interesses da imensa maioria da humanidade contra o reduzido grupo de abutres capitalistas que se alimenta da ruína e da desgraça de bilhões de seres humanos. Só há uma posição nesse sentido: ao lado da Rússia, um país oprimido, contra o imperialismo que se esconde detrás do governo ucraniano e das forças nazistas que o sustentam.
A ação da Rússia na Ucrânia é uma luta de libertação nacional, como são todas as guerras contra o imperialismo ou países por eles controlados.
Na última semana, nós do PCO, organizamos na Embaixada e Consulados da Federação Russa no Brasil, os primeiros atos de apoio à Rússia no Brasil, e talvez no mundo, em solidariedade à luta do povo russo contra o imperialismo.
Os acontecimentos atuais dizem respeito à classe trabalhadora de todo o mundo e não é possível – para a esquerda e as organizações dos trabalhadores – uma posição de neutralidade (que, de fato, não existe), menos ainda ficar ao lado do imperialismo.
Alguns poucos chefes de Estados, partidos e dirigentes da esquerda pelo Mundo tomaram posição ao lado da Rússia, contra as sanções etc., percebendo as graves consequências que uma vitória do imperialismo na região, provocariam na luta contra o imperialismo, na luta de classes por todos os lados.
A CUT, os sindicatos, as organizações dos explorados em geral e toda a esquerda, não podem seguir à reboque à política do imperialismo, da sua imprensa e dos seus organismos internacionais (ONU, OTAN etc.). Precisam ter um posicionamento de classe, independente, se orientar por aquilo que representa os interesses da classe operária e demais explorados de todo o Mundo. Diante disso, é impossível não se posicionar pela vitória da Rússia contra o imperialismo.
É hora de realizar um amplo debate no interior dessas organizações, nos locais de trabalho, estudo e moradia sobre esses acontecimentos de alcance mundial. Mais importante ainda, é preciso adotar uma posição de luta, mobilizando os trabalhadores e a juventude brasileira em atos cada vez maiores de apoio à luta do povo russo contra os maiores inimigos dos povos explorados de todo o mundo, o imperialismo norte-americano e seus aliados de direita – como os nazistas ucranianos – ou de esquerda, onde quer que eles estejam.