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Violência fascista

Ditadura em Goiânia: professores são reprimidos e presos (VÍDEOS)

Trabalhadores da educação foram recebidos com socos após se manifestarem contra a atuação golpista do prefeito de Goiânia

Desde meados de março de 2022, a Rede Municipal de Educação de Goiânia está em greve, requerendo melhorias nas condições e nos ambientes de trabalho. Dentre as inúmeras pautas, a categoria exige a concessão do Piso do Magistério para o ano de 2022 (que foi fixado em 33,74%) e a data base para os servidores administrativos, os quais estão há 03 anos sem qualquer reajuste salarial.

Em 31 de março de 2022, servidores da Rede Municipal de Educação de Goiânia fizeram uma manifestação pacífica na saída de um evento em que estava o Prefeito do Município de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). No momento em que o prefeito saía do evento, antes que o mesmo pudesse fugir do local sem prestar contas à sociedade, os servidores se aproximaram dele, a fim de apresentar suas demandas.

Diante disto, os agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), e de sua tropa de choque (a Ronda Ostensiva Municipal – ROMU) passaram a agredir os professores e os demais servidores com empurrões e spray de pimenta, a fim de garantir que o prefeito fosse embora do local sem se reunir com os servidores.

Como é típico das ações desses bandos fascistas que são as Guardas Municipais (assim como a Polícia Militar), partiram para cima de um servidor, agredindo-o, imobilizando-o e detendo o mesmo, para servir de bode expiratório para a repressão que pretendem realizar contra os trabalhadores que exercem seu legítimo direito à livre manifestação.

Revoltados com a brutalidade, os demais servidores intensificaram seu protesto (e com toda a razão!), levantando palavras de ordem, pedindo para que a GCM soltasse o professor que estava sendo preso. Nisto, a guarda civil intensificou seus ataques contra os servidores, e, mais uma vez, direcionou seus ataques a outro servidor, jogando-o no chão e imobilizando-o, a fim de levá-lo preso.

Na tentativa de algemar referido servidor, um guarda civil enfia o dedo no olho direito do mesmo, como se tentasse cegá-lo. Isto pode ser visto no vídeo abaixo:

Enquanto tudo isto, acontecia, uma professora, revoltada com a injustiça e com a brutalidade levantou palavras de ordem, pedindo para que soltassem os professores e os parassem de agredir. Sem qualquer pretexto, um guarda municipal lhe dá um soco no rosto, o que pode ser visto no vídeo abaixo:

Apesar dos protestos, a ROMU e a GCM algemaram e detiveram os dois professores, e os levaram para a central de flagrantes, da polícia civil. Ao chegar lá, mantiveram ambos os professores dentro da viatura por tempo maior do que o necessário. Após serem retirados da viatura, foram levados para a sala de triagem.

Professores e demais servidores que estavam no protesto foram manifestar apoio aos professores presos e protestar na central de flagrantes. A fim de auxiliar os servidores presos, advogados que tradicionalmente lutam pelas causas dos trabalhadores da educação do município de Goiânia estiveram presentes. Também estiveram presentes assessores de dois vereadores, assim como um dos vereadores.

Eventualmente, os servidores foram liberados, mas irão responder a um injusto processo criminal sob as acusações falsas de lesão corporal leve e resistência.

Mesmo diante de uma escalada inflacionária, expressão de uma crise econômica que não termina nunca (pelo contrário, se aprofunda a cada dia), o Estado Burguês não tolera que os setores mais afetados da população (ou seja, a classe trabalhadora) protestem por direitos seus que já são previstos na Constituição Federal e na legislação brasileira. 

Já há anos os servidores da educação de Goiânia (professores e administrativos) são tratados a ferro e fogo pela tropa de choque fascista do Prefeito (seja ele qual for), a infame GCM, a qual ataca os servidores municipais com spray de pimenta, cassetetes, bombas de efeito moral e todo o tipo de expedientes que estiverem a seu alcance.

Não bastando isto, a imprensa golpista promoveu uma campanha de calúnia de difamação contra os professores que foram presos.

Essa imprensa inescrupulosa afirmou que os ditos professores já possuíam histórico de crimes, ignorando completamente que eles foram totalmente absolvidos das antigas acusações pelo Poder Judiciário, acusações estas presentes em processos criminais que também decorreram da luta dos trabalhadores da educação por melhores condições de trabalho.

Toda essa perseguição demonstra que já vivemos em uma ditadura, cujo caráter autoritário se aprofunda cada vez mais em direção a um completo fechamento do regime, a um Estado Fascista. 

Isto também aponta à necessidade de que as Guardas Municipais sejam extintas. Assim como a PM, são tropas fascistas já incorporadas ao Estado Burguês pseudodemocrático. Quando a burguesia sentir a necessidade de fechar o regime, e erguer uma ditadura abertamente fascista, essas tropas de choque já estarão prontas para o assalto.

Assim, reiteramos: é preciso que as Guardas Municipais sejam extintas, assim como a PM. Não há que se falar em tentativa de “humanizar” esses fascistas. Isto é impossível. O caráter de classe dessas tropas é justamente defender a Burguesia contra as massas trabalhadoras, contra o povo. Não há curso de “Direitos Humanos” que possa modificar sua natureza de classe.

Todos os trabalhadores e toda a militância de esquerda devem adotar a seguinte palavra de ordem: PELO FIM DAS GUARDAS MUNICIPAIS! PELO FIM DA PM! E devem lutar pela sua realização!

Por fim, o Partido da Causa Operária (PCO) manifesta seu repúdio às agressões perpetradas; às falsas acusações proferidas; e ao injusto processo criminal instaurado contra os servidores da educação de Goiânia.

PELO FIM DAS GUARDAS MUNICIPAIS!

PELO FIM DA PM!

PELO ARMAMENTO DOS TRABALHADORES!

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