As mobilizações de rua que ocorreram em mais de 20 cidades do país no dia 21 de junho de 2022, foram um importante passo e deve ser o ponta pé inicial de um estado de permanente mobilização das organizações populares, até que os despejos sejam impedidos de maneira concreta. Pois, sabemos que mesmo com medidas institucionais no judiciário e no parlamento, os despejos continuaram ocorrendo de maneira ilegal, seja por organismos estatais ou por medidas extra-institucionais, com as milícias fascistas, jagunços, etc., vinculados aos latifundiários e a especulação imobiliária.
Nesse sentido, as medidas institucionais por si só – apesar de importantes, pois evitaram que 24 mil famílias fossem despejadas – não seguram a totalidade das tentativas de despejos, e portanto, é necessário um constante estado de mobilização popular, para que tenhamos novas medidas institucionais que proponham o impedimento dessas ações arbitrárias e para que essas ações (despejos) sejam efetivamente impedidas em seu conjunto. Somente a letra da legislação ou de uma jurisprudência, somente o papel, não consegue barrar tais medidas, é preciso que exista um verdadeiro movimento real contra tais ações, e isso apenas pode se dar pela própria classe trabalhadora mobilizada. Pois se o Estado existe apenas para proteger os interesses da burguesia e dos latifundiários, o mesmo não irá defender os direitos dos trabalhadores de maneira efetiva, mas somente de forma demagógica.
Apesar do grande volume de pessoas nas ruas e de famílias de trabalhadores correndo risco de despejos à partir do dia 30 de junho de 2022, as instituições não moveram um dedo sequer para dar solução à questão. Isso nos demonstra que ao invés de ficar alisando essas instituições, como querem os setores pequeno burgueses da Campanha Despejo Zero, fazendo ações publicitárias que não mudam absolutamente nada na realidade da classe trabalhadora, é necessário intensificar esse processo de mobilização e engrossar o caldo na luta contra esses representantes dos patrões alocados no Estado Capitalista.
Se a especulação imobiliária, os latifundiários, a burguesia nacional de conjunto e o imperialismo, declaram guerra contra os trabalhadores através dos despejos e de ameaças, nós do MNLM dizemos aqui do outro lado, que ESTAMOS EM GUERRA CONTRA OS DESPEJOS E O GOLPE que tem assolado nosso povo!
SAIR ÀS RUAS NO DIA 30 DE JUNHO CONTRA OS DESPEJOS!
ABAIXO O GOLPE!
LULA PRESIDENTE!
OCUPAR, RESISTIR PARA MORAR!
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