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Fábio Picchi

Militante do Partido da Causa Operária (PCO). Membro do Blog Internacionalismo e do Coletivo de Tecnologia do Partido da Causa Operária. Programador.

O que 4 anos não fazem…

De volta a um “novo” Brasil

A continuação do golpe com Bolsonaro jogou milhões na miséria

Há mais ou menos um mês voltei definitivamente ao Brasil depois de morar quase quatro anos na Finlândia, tida pelo senso comum como um dos melhores países para se viver. Não vou negar, muitas coisas funcionavam muito bem; outras, nem tanto, mas deixo essa crítica para outra coluna.

Como militante do PCO na Europa, naturalmente era impossível distanciar-se da luta política em nosso País e da realidade nacional. Assisti de longe as políticas genocidas tanto de Bolsonaro como dos governadores como João Doria, que fingiram fazer alguma coisa enquanto condenavam a população a sua própria sorte trancafiados em casa. Vale também lembrar as infindáveis fotos do transporte público nas grandes metrópoles brasileiras.

Ainda assim, essa realidade nunca me foi paupável até a minha aterrissagem em Guarulhos no final de julho. Entendo agora que a nossa militância no exterior fez apenas o mínimo para lutar contra o golpe de Estado, pelo Fora Bolsonaro e pela liberdade e candidatura de Lula. Precisamos e devemos fazer mais, mas só puder entender essa urgência ao voltar para o Brasil.

Explicarei com exemplos quotidianos que provavelmente passam despercebidos para que esteve por aqui na última meia década. Não que fossem mil maravilhas quando me mudei, em 2019, mas a barbárie não era tanta. 

Não houve uma viagem de metrô em São Paulo na qual eu não tenha sido abordado por alguém pedindo dinheiro ou vendendo mercadorias. E esse não é o maior absurdo: boa parte dos camelôs conta como a segurança do metrô lhes levou as mercadorias. Não entendo como alguém tem a coragem de denunciar os ambulantes – algo que foi automatizado através das redes do metrô – e nem como um segurança pode roubar a única alternativa de renda que lhes resta.

Nos arredores da casa dos meus pais o número de moradores de rua se multiplicou. Próximo ao meu local de trabalho, nas imediações do Hospital das Clínicas, o número de pessoas pedindo que se compre insumos básicos ou até mesmo mercadorias para que possam vender é alarmante. A pandemia, é claro, acelerou esse processo de degradação, mas o golpe de Estado, que serviu para arrancar direitos e roubar a riqueza nacional, é a origem dessa situação.

São exemplos anedóticos, mas acompanhando rádio, televisão e relatos de outros companheiros, constato que a situação nacional é de fato muito mais grave do que quando deixei o País. 

Mas se há algo que me consola nessa constatação é o fato do PCO nunca ter se distanciado dessa realidade e de ter atuado com a classe trabalhadora brasileira em defesa de seus interesses. O PCO não se escondeu em casa durante a pandemia e foi muito além de suas limitações para colocar a esquerda nas ruas pelo “fora Bolsonaro” no primeiro de maio de 2021. E por isso o Partido cresce tanto. 

Volto disposto a lutar e a construir a única ferramenta que pode reverter de fato esse flagelo do povo brasileiro: o PCO, um partido operário e revolucionário. 

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