Nesta quarta-feira (19), foi publicada mais uma pesquisa Datafolha, do grupo Folha, em relação às intenções de voto para o segundo turno das eleições deste ano. A pesquisa, que possui margem de erro de 2 pontos percentuais, colocou Lula com 52% dos votos e, Bolsonaro, com 48%.
Levando em consideração a margem de erro, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados no segundo turno.
Vale ressaltar que, na última pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (14), a distância entre os dois candidatos era de 6%, com Lula registrando 53% das intenções de voto e, Bolsonaro, 47%, excluindo-se os votos brancos e nulos. Em outras palavras, a margem entre eles diminuiu 2%.
Ainda nesta quarta-feira, a Quaest e o PoderData também divulgaram as suas pesquisas eleitorais. A primeira registrou Lula com 53% dos votos válidos e Bolsonaro com 47%. Já a segunda colocou o ex-presidente com 52%, também dos votos válidos, e o atual presidente com 48%. Ou seja, uma registrou uma diferença de 6 p.p., enquanto que a outra, apenas 4.
A situação está muito perigosa para a candidatura de Lula. Caso sua campanha não mobilize cada vez mais trabalhadores em todo o Brasil, é real o risco de perder a eleição para o bolsonarismo. Afinal, está claro que setores muito importantes da burguesia estão com Bolsonaro e, consequentemente, farão de tudo para impedir que Lula volte ao poder.
Afinal, Lula é o candidato do povo, representa os seus verdadeiros interesses e, até o momento, tem adotado uma posição cada vez mais combativa. Isso ficou claro com suas declarações no Flow Podcast, em que afirmou, por exemplo, que é “contra o teto de gastos”.
Por isso, é preciso tomar as ruas imediatamente e emplacar a candidatura de Lula por meio da mobilização popular. A esquerda não pode depender das pesquisas eleitorais da burguesia como fez no primeiro turno, deve ter uma política independente da imprensa capitalista e se apoiar, unicamente, na classe operária brasileira.
A campanha de Lula, de maneira geral, deu uma guinada à esquerda muito positiva nesse segundo turno, algo que, agora, deve ser intensificado. Além de grandes atos, é preciso realizar uma ampla campanha que dispute o voto com a base eleitoral de Bolsonaro e resgate a classe operária que, por algum motivo, não votou em Lula no primeiro turno.