A pesquisa Datafolha divulgada nessa quarta-feira (19) comprova algo que já estava ficando claro na situação política: a burguesia está preparando um golpe eleitoral contra Lula e toda a esquerda. Nada mais do que a continuidade do golpe de Estado de 2016, que derrubou Dilma e prendeu Lula em 2018.
Os golpistas de então, são os golpistas de agora. Não devemos confundir a crise profunda da burguesia e dos partidos da direita nacional, nem os apoios pontuais que Lula recebe de elementos oportunistas da direita. Os capitalistas estão decididos a eleger Bolsonaro e mais uma vez dar um golpe contra os trabalhadores, um golpe contra a vontade do povo.
Há centenas de empresas denunciadas por assédio eleitoral. Isso é o que aparece na superfície, a essa altura devem ser milhares; muito mais sujeiras estão sendo feitas para garantir a vitória do candidato dos patrões, Jair Bolsonaro. A máquina poderosa dos capitalistas estão agindo energicamente a favor de sua eleição.
Estamos diante de um arrastão eleitoral pró Bolsonaro, uma verdadeira mobilização patronal contra os trabalhadores. É a tradicional tática eleitoral antidemocrática da burguesia, é o conhecido voto de cabresto.
Contra essa ditadura patronal, as organizações dos trabalhadores precisam responder com mobilização popular. O PT, maior partido da esquerda nacional, precisa denunciar esse golpe, convocar os militantes, apoiadores e a população em geral a sair às ruas. Estamos em pleno andamento de um golpe e ele só pode ser parado com mobilização. A uma semana e meia do fim da eleição, não há tempo a perder.
A CUT deve reunir seus sindicatos e convocar plenárias regionais e uma plenária nacional emergencial para discutir um plano de lutas para enfrentar o golpe. Deve chamar as demais organizações populares, os sem-terra, os movimentos de moradia, de bairro, estudantis para sair às ruas. Convocar paralisações e manifestações nacionais. É hora de mobilização para derrotar o golpe em curso.