Os patrões têm a política de quanto menos gastos tiverem com os trabalhadores e, consequentemente, mais lucro tiverem, muito melhor. É assim que estão fazendo as empresas do consórcio formado pelas TCE Engenharia e Compasa, ou seja, reduziu o valor pago para a compra da cesta básica dos trabalhadores e suspendendo a gratificação de Natal dos trabalhadores.
Conforme artigo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), esse consórcio que está realizando as obras no canal viário, para conclusão da revitalização do lote 4.1 da Linha Verde, trecho urbano da BR 116, que envolve o trevo do Atuba rodovia, em Curitiba (PR), obteve uma resposta aos ataques dos patrões na última segunda-feira (21), quando os trabalhadores resolveram cruzar os braços.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintrapav-PR), Raimundo Ribeiro Santos Filho, o Bahia, conta que tentou reverter a decisão, em uma reunião realizada na última sexta-feira (18). Como não conseguiu, a categoria realizou uma assembleia e decidiu parar as atividades.
O acordo anterior com a empresa que vinha tocando as obras era de R$570 de cesta básica e R$540 para a natalina. Contudo, o novo consórcio que assumiu a obra reduziu o valor da cesta para R$320 e eliminou a gratificação de natal, mesmo após tentativa de negociação da categoria para a manutenção dos valores.
Conforme o portal R7, em artigo de 21 de outubro, há um novo contrato que é quase o dobro do contrato inicial. Hoje as obras estão em R$124,7 milhões, no contrato anterior, quando da primeira licitação, em 2019, o custo total da obra era de R$70 milhões. Apesar do valor da licitação ter praticamente dobrado, os patrões decidiram cortar tanto na cesta básica em 41%, quanto na gratificação de natal na sua totalidade.
Os patrões fazem suas manobras para, cada vez mais, arrancar dinheiro de seus governantes como foi demonstrado no “reajuste” nos valores da licitação em 100% enquanto os trabalhadores são feitos de escravos.
É necessário todo apoio à greve dos operários da construção de Curitiba. Retorno ao trabalho somente com todas as reivindicações atendidas!