Na última quinta-feira (10), o presidente norte-americano Joe Biden reuniu-se com o presidente colombiano Iván Duque na Casa Branca. Durante a sessão, Biden declarou que pretende elevar o patamar da relação da Colômbia com a OTAN de “parceiro global” (título que detém desde 2017) para “aliado preferencial extra-OTAN”, o que supostamente fortaleceria a associação bilateral e multilateral com Washington, com aumento nos intercâmbios militares conjuntos, exercícios e treinamentos, e acesso especial a financiamento para equipamento militar.
Em relação à reunião, Duque teria declarado em seu perfil no Twitter: “Em nossa conversa com o presidente Joe Biden buscamos trabalhar, como grandes e históricos aliados, para enfrentar os complexos desafios que surgem. Agradecemos que o presidente dos EUA veja a Colômbia como seu principal aliado na América Latina”.
A reunião ocorreu pouco após as negociações entre altos funcionários dos EUA e representantes do governo venezuelano de Nicolás Maduro, em Caracas. O encontro gerou desconforto no governo fascista do Duque, que se encontra em uma situação conflitante com o governo de Maduro. Entretanto, Biden elucidou sua posição, colocando que a Colômbia é essencial para “segurança e a prosperidade regional” e que “apoia a restauração da democracia” na Venezuela.
O que significa ser membro extra da OTAN
A Organização do Atlântico Norte (OTAN), hoje composta de 30 países, foi concebida pelo Tratado do Atlântico Norte, assinado por 12 países em Washington, a 4 de abril de 1949. Declarada como um acordo de auxílio mútuo frente à “ameaça soviética”, o tratado continuou mesmo após a dissolução da União Soviete e, hoje, seus gastos ultrapassam 70% do total de gastos militares no mundo.
Uma das muitas formas da OTAN intervir em países externos é o seu programa denominado Parceria para a Paz (PpP), criado em 1994, hoje composto por 21 países, que buscar colocar sob seu julgo essas nações. Entre outras ações, o imperialismo ainda estabelecer “parcerias e cooperações”. Uma dessas relações é a “aliado preferencial extra-OTAN”. No total, 16 países detêm o título no mundo, desses apenas dois pertencem à América Latina, o Brasil e Argentina.
A Argentina recebeu a designação em 1998, durante o governo neoliberal de Carlos Menem. A aproximação da Argentina com o imperialismo durante seus governos foi tamanha que o país restabeleceu as relações diplomáticas com o Reino Unido, que estavam suspensas desde a Guerra das Malvinas. A nomeação ao Brasil foi realizada em 2019, pelo então presidente Donald Trump, patenteando a servidão do governo golpista de Jair Bolsonaro.
Em resumo, ser membro da OTAN significar ser um braço armado do imperialismo, configurando um Estado a serviço dos monopólios. Não apenas isso: significar também ser o algoz principal de toda a população pobre do planeta que vive em condições miseráveis.
Duque, o fascismo na Colômbia de hoje
É ponto pacifico a qualquer observado honesto que o governo de Duque é uma organização fascista, apossada do Estado com apoio do imperialismo. Seu partido, o Centro Democrático, é umas das forças políticas que esta utilizando o aparato estatal para assassinar a esquerda colombiana.
As declarações de Duque sobre “vencer a ameaça da esquerda, e combater a miséria que traz o socialismo do século XXI a Colômbia” ou contra Fidel Castro e Hugo Chávez, demonstraram ser desde cedo um verdadeiro fantoche do imperialismo na América Latina. O seu governo não poderia deferir, colocando-se como arma apontada contra toda a tendência de independência do povo latino.
O condenado aliando-se ao carrasco
A Colômbia é um país oprimido, que, graças ao seu governo capacho está aliando-se ao seu opressor, o imperialismo norte-americano. A postura do governo Duque é uma demonstração de entrega completa a imperialismo, sem qualquer resistência.
Ser capacho do imperialismo é uma posição comum entre a extrema-direita, essa é alimenta pelo imperialismo nos países atrasados contra o proletariado local. Sendo em certos momentos a única forma de prolonga a exploração dos imperialistas.
Essa extrema-direita fortalecida artificialmente, acaba por cumprir um papel que a própria burguesia local dos países oprimidos não consegue executar, segurar a classe operaria local. Em muitos países a classe operaria é mais poderosas que a burguesias nacionais, configurando a intervenção imperialista como um freio a revolução.