Futebol, política e religião não se discute, dizem alguns, mas tanto se discute, quanto são assuntos interligados. O leitor pode já ter se deparado com diversos textos do Diário Causa Operária ou postagens do Partido da Causa Operária defendendo o Neymar e a Seleção Brasileira com unhas e dentes, mas isso não se dá porque os militantes do partido são fãs de futebol – ok, eles são, mas porque é o esporte é, assim como as demais frontes, um campo de embate de interesses onde os capitalistas buscam também influenciar para lucrar mais.
Há diversas matérias deste Diário que o leitor pode buscar para se inteirar do assunto, mas aqui listaremos uma série de momentos confirmados em que houve uma conspiração na Copa do Mundo e outros momentos que são, pelo menos, trágicas coincidências.
Em primeiro lugar, no auge da Guerra Fria, a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental jogaram uma partida que valia a posição na fase seguinte da competição. Com uma grande campanha da imprensa burguesa de que a Ocidental era extremamente favorita, o placar de 1-0 para o outro lado do muro de Berlim chocou a todos – que estavam aquém à margem ocidental do muro. A imprensa, por sua vez, pautou que a Alemanha Ocidental havia entregue o jogo, pois não queria pegar o Brasil na fase seguinte.
Um caso mais real, mas desta vez não repercutido pela imprensa capitalista, foi o doping do Maradona na Copa de 1994. O argentino, pego com uma substância proibida chamada efedrina durante a competição, jurou de pés juntos que não havia nada de errado e era apenas perseguição da FIFA sobre ele, sendo uma narrativa totalmente comprada pelos argentinos. Obs.: só pelos argentinos. O que se deu, na realidade, é que era o primeiro campeonato mundial sendo realizado nos Estados Unidos, que visava promover o futebol (de verdade, não o americano) em seu próprio solo. Ter o Maradona jogando bem por lá, por mais superestimado que ele seja, atrairia a imprensa, engajamento e envolvimento do público com o esporte.
Sabemos que o Maradona, entretanto, não chegou a superar diversos brasileiros dentro de campo, como é o caso do Ronaldo. Então, por falar no fenômeno, a próxima conspiração vai para ele e o famoso caso de 98. Antes da final contra a França, Ronaldo, um dos melhores jogadores do mundo, sofreu uma convulsão, não jogando o último jogo da Copa. Não aceitando este infeliz fato, diversas pessoas acreditaram que o jogador não havia sofrido mal nenhum, mas tinha apenas sido alvo de uma negociação da CBF com a FIFA para sediar a copa de 2006. A teoria diz, resumidamente, que a seleção brasileira deixaria o Ronaldo de fora, para a França ser campeã da Copa que era sediada na própria França. Essa negociação, a princípio ruim para o Brasil, teria ocorrido para fazer com que o Brasil sediasse a Copa de 2006 – coisa que, como todos sabemos, não aconteceu, pois foi sediada na Alemanha.
Continuando e pontuando uma das diversas manchas na história dos argentinos, temos o famoso caso de 1978: o roubo escancarado contra os brasileiros, os campeões morais daquela Copa. Em um jogo, teoricamente, simultâneo, o Brasil jogava aqui e a Argentina jogava ali, contra o Peru. Para passar, os hermanos enrolaram, com direito a juiz e todo o resto no esquema, para estarem cientes do placar que precisariam. O resultado do jogo, em que os peruanos abriram as pernas e, de certo, encheram os bolsos, a Argentina venceu de 6-0, sendo exatamente este o placar que precisavam para avançar de fase e eliminar o Brasil.
Para finalizar, lembremo-nos de quando Branco, jogador brasileiro, foi dopado no confronto contra a Argentina para não conseguir jogar. Antes do jogo, o lateral bebeu da água que os argentinos o forneceram, ficando extremamente sonolento e não conseguindo ficar sóbrio e de pé. Não se sabe exatamente a substância utilizada, mas a reclamação, tida anteriormente como teoria e já dada praticamente como certa por gente de todo o mundo, é válida e prova concreta de duas coisas fundamentais: a primeira é que o Brasil, desde os primórdios, é sabotado por tudo e por todos e o segundo ponto, tão importante quanto, é ressaltar que de pilantragem os argentinos entendem.
*Este redator que vos fala se empolgou com o clima da Copa e acabou focando em conspirações argentinas, apesar deste não ser o tema original. É importante ressaltar que muitas outras existem por aí, e que não se deve torcer pela Argentina.