Iniciou ontem, 23, a Conferência Internacional de Mulheres do Coletivo Rosa Luxemburgo do Partido da Causa Operária em São Paulo. Tivemos participantes presenciais vindas de outros estados, como Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e também de outras cidades no entorno de São Paulo, Piracicaba e Santo André.
Foi de grande valor a presença das nossas companheiras do PCO Europa, com participações da Áustria, Portugal, França onde temos militantes combativas em atividades e protestos da classe trabalhadora em suas cidades.
Todos os presentes acompanharam a leitura da proposta de programa de lutas para o próximo período, comentaram sobre os tópicos abordados e estão se preparando para os debates que acontecerão hoje e que resultará num novo documento de luta das mulheres trabalhadoras.
A proposta do programa está divida em tópicos, leia a seguir:
Um programa para a luta das mulheres contra a ofensiva do regime golpista
Por uma participação real das mulheres na política: contra os ataques da extrema-direita
que avança contra os poucos direitos já conquistados pelas mulheres. As mulheres devem
participar ativamente da política e não cair na demagogia da direita e da esquerda
pequeno-burguesa de que as eleições, a “representatividade” ou o “empoderamento” são
saídas certas para as mazelas sociais das mulheres. Para garantir todos seus direitos, as
mulheres devem se mobilizar contra o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro e os
outros representantes da burguesia golpista.
- Contra a ofensiva diante da crise capitalista
- Pela legalização do aborto. Atendimento das mulheres pela rede pública
- Não à privatização da saúde; proteção à maternidade
- Por uma legislação especial de defesa das mulheres
- Eleições; por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo
- Identitarismo: uma política imperialista contra a verdadeira luta das
mulheres
As pautas abordam o centro de problemas atuais e outros que se arrastam a décadas, como a questão do aborto, por exemplo. Empregos, creches, maternidade, saúde, parto humanizado e o principal tema, o identitarismo, que comprometem negativamente cada vez mais a luta das mulheres e da classe trabalhadora. A importância da Eleição do Presidente Lula p ara o início da retomada do poder pelos operários, foi amplamente debatida.
A programação de hoje incluí debates acerca dos temas e muita discussão sobre como livrar o Brasil desse câncer identitário que a esquerda pequena burguesa não para de enfiar goela abaixo no povo brasileiro como se fossem resolver a luta do povo a partir de questões pessoais ignorando a força da luta operária unificada que já deu certo na Revolução Russa em 1917, e trouxe benefícios que o Ocidente nem se quer consegue imaginar em alcançar em pleno século XXI.