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Como Boulos e o PSOL estão sabotando a campanha de Lula

Lula tem sua campanha publicitária totalmente na mão de figuras ligadas diretamente ao PSOL e PSB

A campanha eleitoral iniciou-se de fato a partir do começo das sabatinas e debates realizados na imprensa burguesa. E foi justamente com este início de campanha que ficaram evidentes os problemas que estão presentes na candidatura do ex-presidente Lula. O primeiro sinal, na sabatina realizada pelo Jornal Nacional, foi a tentativa de Lula buscar agradar um setor da burguesia golpista e não buscar polemizar com o regime político que o persegue até hoje.

Porém, foi no debate da TV Bandeirantes onde os problemas ficaram ainda mais visíveis. Lula, no lugar de se apresentar como o hábil orador como sempre foi conhecido, ficou preso a uma série de discursos defensivos e conciliatórios. Lula, atacado de todos os lados, buscou se aproximar dos candidatos da “direita democrática” que tanto o criticam, para atacar Bolsonaro. A estratégia falhou, Lula ficou isolado e demorou para se encontrar em meio à dura campanha que todos os candidatos faziam contra ele. Não respondeu minimamente à altura.

Lula está conciliando acima do normal nos debates, não está polarizando, e a sua campanha está com grande influência da política identitária, falando em amor, e abstratamente em negros, mulheres, gays, meio ambiente, um programa que não reflete os anseios materiais de sua própria base eleitoral.

No entanto, toda esta política destoante das principais reivindicações dos trabalhadores, sua real base, não reflete a real política de Lula, mas sim de seus “estrategistas” que organizam sua campanha eleitoral. Diferente de apresentar o verdadeiro Lula, que há pouco tempo falava em reverter todas as reformas do regime golpista, de devolver os direitos dos trabalhadores e acabar com as privatizações, de lutar contra o imperialismo, defender Cuba e Venezuela e unir a América Latina (mesmo que através de uma política reformista e moderada), os “marqueteiros” de Lula buscam apresentá-lo cada vez mais parecido com um candidato do PSOL.

Esta política não é à toa. Lula tem sua campanha publicitária totalmente na mão da ala direita do PT e também  do PSOL. Ambos estão na campanha eleitoral sem fazer qualquer esforço real para apoiar Lula, mas sim se aproveitando de sua popularidade para agir como sanguessugas e impulsionar suas próprias candidaturas, buscando uma “boquinha” no parlamento e nos ministérios. O PSOL, como já denunciando, é um partido financiado por ONGs imperialistas, um partido que serve em primeiro lugar para atacar o PT e Lula.

PSOL e essa ala do PT ligada ao imperialismo revelam mais uma vez estarem na campanha de Lula para boicotá-lo acima de tudo. Hoje, o coordenador da campanha é Edinho Silva, prefeito de Araraquara e um das principais figuras da ala direita do PT em São Paulo, que vem adotando uma política reacionária contra os trabalhadores e militantes daquela cidade. Como um dos principais aliados de Edinho na campanha está Guilherme Boulos e todo o PSOL de conjunto.

Mônica Bergamo, uma das principais articulistas da imprensa burguesa, destacou a participação do PSOL na organização da campanha de Lula e revelou que Guilherme Boulos tem se reunido com Edinho, estabelecendo oficialmente a participação de sua equipe que esteve com o ex-candidato psolista nas eleições de 2018.

A equipe que esteve com Boulos em 2018 agora faz parte da campanha de Lula, sobretudo Gabriel Galindo, que foi coordenador de campanha, e está sendo colocado em uma posição de destaque para toda campanha publicitária, sobretudo nas redes sociais. Além do mais, participam da campanha propagandística do PT o jornaleiro Renato Rovai, uma figura nefasta e reacionária que persegue os setores mais combativos da esquerda e do movimento operário, tratando-os como ladrões e bandidos, e que tem intensas relações com o PSOL.

Esta influência cada vez maior é uma sabotagem à candidatura de Lula. Fica claro que o PSOL e esses setores parasitários do PT não estão na campanha de Lula para trabalhar para elegê-lo através de uma mobilização popular, mas para sabotar a sua campanha deixando-a mais direitista e, portanto, vulnerável, possível. E é principalmente pelo PSOL, como também pelos aliados de direita do PT como o PSB, que o imperialismo se infiltra na campanha do Lula.

Ao contrário da política do PSOL e do PSB, que buscam boicotar a candidatura de Lula, a campanha deve seguir a política de mobilização dos trabalhadores, que é a própria política de Lula, da CUT e sobretudo, da base militante do PT. É preciso deixar de lado a campanha identitária, que serve apenas para afastar o povo da própria candidatura de Lula e colocar em primeiro lugar a mobilização contra o regime golpista.

É preciso acabar com os “marqueteiros” e suas estratégias, Lula deve seguir uma política de luta pelos interesses reais dos trabalhadores. Conciliar com a burguesia não dará nenhum resultado, foi esta mesma que prendeu Lula e que hoje luta para dar um golpe nas eleições à favor da terceira via. A burguesia golpista não quer Lula, mas os trabalhadores querem e é nestes que a campanha deve se apoiar.

No lugar de falar apenas do passado, de falar de meio ambiente e buscar conciliar com os capitalistas, é necessário levantar um programa claro de defesa dos interesses dos trabalhadores, de revogação de todas as reformas do golpe, de estatização das empresas privatizadas, do aumento do salário mínimo, etc. É preciso ser o Lula que os trabalhadores querem e não o que o PSOL e os golpistas pretendem forjar.

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