Recentemente, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o PT (Partido dos Trabalhadores) deram início à campanha pela criação de comitês de luta. Matérias e formulários de criação de comitês circulam pelas redes sociais.
Diz a matéria da CUT que “os Comitês se constituirão nesse espaço para servir a todas as pessoas dispostas a lutar e contribuir para melhorar a vida do povo brasileiro, por meio de um amplo movimento social de trabalho e organização de base”.
A política está correta, e, na verdade, deve ser ampliada e aprofundada.
O problema dos comitês se deu já na época do impeachment de Dilma Rousseff. Àquela altura, foram formados comitês de defesa de sedes de organização da esquerda, que estavam sendo atacadas pela extrema direita, e também comitês em defesa de Dilma, contra sua deposição.
Esses comitês mantiveram um determinada rotina até os dias de hoje, passando, inclusive, pela formação dos comitês Lula Livre, que se espalharam pelo País, quando da necessidade de libertar o ex-presidente da prisão ilegal que lhe impôs o regime golpista.
Novamente se coloca a necessidade da adoção dessa política. O PT nem sempre foi abertamente impulsionador dessa política, mas, no momento, está divulgando essa questão, e é preciso ampliar ao máximo possível a criação dos comitês de luta, que devem assumir abertamente a questão da defesa de Lula presidente.
Qual é a ideia? Juntar todas as pessoas, organizações, militantes, partidos, atividades, enfim, todos aqueles que são contra o golpe de Estado de 2016, contra a direita, e favor da campanha por Lula presidente.
O comitê serviria para dar um caráter prático à disposição de luta da população. Serve para reunir as pessoas e deliberar pelas atividades práticas, panfletagens, colagens, assembleias populares, debates, atividades culturais, enfim, tudo que for necessário para ampliar a propaganda das propostas dos comitês de luta.
E o momento é agora.
Está colocada uma questão de imensa gravidade: a reeleição de Bolsonaro, mais quatro anos de um governo ilegal, golpista, a serviço dos interesses da burguesia. Bolsonaro só está na presidência por conta do golpe de Estado, por conta da prisão de Lula em 2018.
E este problema não pode ser resolvido somente nas urnas. É preciso resolver esse problema nas ruas. É preciso impor uma derrota contra os golpistas, é preciso demonstrar que existe um apoio gigantesco, popular, à campanha de Lula. Apoio muito maior que o da direita, dos bolsonaristas.
Apoio milhões de vezes maior que o judiciário golpista, que pode manobrar e fraudar à vontade o andamento das eleições deste ano, afinal, quem controla o processo eleitoral, do começo ao fim, é a direita.
É hora de dar o recado: Lula presidente, apesar e contra todo o regime golpista e seus candidatos, e isso só pode acontecer na realidade se o peso político e social dos que levaram o golpe se fizer presente, visivelmente presente, por meio de sua imprensa, suas organizações e manifestações.