O fim de semana chuvoso deixou o saldo de pelo menos 21 mortes e cerca de 660 famílias desabrigadas ou desalojadas. Isso aconteceu em 11 cidades do estado de São Paulo, conforme matéria do portal golpista G1. Dentre as vítimas, estão oito crianças, um adolescente e um bebê.
As fortes chuvas provocaram deslizamentos de terra e alagamentos, que fizeram com que muitos não pudessem voltar para casa ou sair dela, dificultaram as ações da defesa civil para socorrer as vítimas, além de deixar sem moradia centenas de famílias e muitos mortos ou desaparecidos.
As cidades que mais sofreram com as chuvas foram Itapevi, Franco da Rocha, Osasco, Embu das Artes, Várzea Paulista, Francisco Morato, Arujá e Jaú, deixando um rastro de mortes, destruição e desaparecidos. Diante da tragédia anunciada, o governador João Doria (PSDB), o BolsoDoria, anunciou a liberação de R$15 milhões para as cidades afetadas.
Ficou claro nas reportagens que não há número exato de mortos, feridos e desaparecidos uma vez que o próprio prefeito de Franco da Rocha, Nivaldo Santos (PTB), anunciou oito mortos na cidade e depois corrigiu o número para cinco na cidade.
Nos números anunciados, aparecem com frequência a palavra “pelo menos”, que indica que podem ser maiores que isso. É o mesmo que acontece com o número de vítimas da Covid, que são claramente subnotificados tanto em São Paulo, como no Brasil e em todo o mundo. Afinal, “filho feio nunca tem pai”.
Os problemas com enchentes e deslizamentos de terras são frequentes todos os anos, por décadas, e jamais foram resolvidos pelo poder público. Certamente porque acontecem nas regiões onde moram a população trabalhadora, pobres e humildes.
Falta vontade política para resolver isso, já que conhecimentos e técnicas de engenharia não faltam. No caso de São Paulo, a situação é de puro descaso, pois o partido tem governado o Estado por décadas. Assistem todo ano aos mesmos problemas e nada fazem para resolver. Afinal, apesar de que as chuvas foram muito fortes, mesmo assim são previsíveis, e poderiam ter feito obras para pelo menos amenizar o impacto das chuvas que causam enormes prejuízos, em vida e financeiros, às famílias pobres das periferias.
Os pobres nunca tem dinheiro para que eles possam ter um mínimo de condições de vida dignas de um ser humano, mas para os ricos tudo é permitido e fornecido pelo estado.
Com toda certeza, o dinheiro destinado por BolsoDoria às cidades afetadas pela calamidade provocada pelas chuvas não será utilizado na reparação do que as pessoas perderam, mas em obras de limpeza e reconstrução de vias de acesso e córregos. O que as famílias perderam terão que se virar para comprar tudo de novo, sem a ajuda do Estado, como fazem todos os anos.