O governo chines realizou a maior incursão aérea da história sobre o território de Taiuan, com 71 aviões de combate no ar e mais da metade chegando a invadir a linha da fronteira com a ilha. Segundo o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular, a ação teve como finalidade alertar Taipé, já que os Estados Unidos aprovaram mais um pacote de ajuda militar para Taiuan. Os norte-americanos não reconhecem a ilha como um território independente, mas afirmam querer proteger a região de um ataque da China. Joe Biden assinou o Ato de Resiliência Ampliada de Taiuan, documento voltado ao orçamento militar que propõe enviar US$ 10 bilhões para Taiuan nos próximos cinco anos. De acordo com o Ministério da Defesa taiuanês, 47 aviões ultrapassaram a linha mediana, que delimita, sem reconhecimento oficial, as áreas chinesas de Taipé. Durante o exercício, foram usados caças J-11, Su-30, J-10 e J-16, além de aviões-radar, drones de reconhecimento e aparelhos de guerra antissubmarino. O Ministério também informou que Taiuan usou defesas terrestres e navios na ação. Lar daqueles que saíram derrotadas da Revolução Chinesa de 1949, Taiuan não tem a independência reconhecida nem pelos aliados em Washington, pois mantém relação com os chineses, que governam a partir do princípio de que só há um China.
O governo Biden tem acirrado os animos sobre a questão da ilha. O atual presidente norte-americano já aprovou mais de dez vendas de armas a Taipé. Além disso, em agosto deste ano, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, foi até a ilha, no que simbolizou a primeira visita de alguém do cargo em 25 anos e o que foi considerado uma afronta por parte do governo de Xi Jinping, que acionou as forças do país no estreito. No entanto, após isso, o presidente dos dois países chegaram a se encontrar em Bali, na Indonésia.
Outra ponta dessa história diz respeito ao Japão, que decidiu dobrar o orçamento militar do país pelos próximos cinco anos. Outro envolvido nesse cenário político é a Coreia do Norte, considerada aliada dos chineses, que vem realizando atividades de lançamento de mísseis.