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Farsa europeia

Champions League: futebol europeu sem europeus

Na final da Champions League, brilhou os jogadores não europeus, evidenciando a farsa da propalada superioridade do futebol do velho continente

No dia 28 de maio, sábado, aconteceu a final da Liga dos Campeões da Europa (Champions League), na cidade francesa de Saint-Denis (próxima à capital, Paris), disputada entre os “ingleses” do Liverpool e os “espanhóis” do Real Madrid.

Inicialmente, a partida – seguindo a tradição de se realizar em um país neutro em relação aos dois times finalistas – estava marcada para acontecer em São Petersburgo, uma das principais cidades da Rússia. No entanto, a cartolagem do velho continente representada pela UEFA, em obediência servil às “civilizadas democracias ocidentais” (imperialistas), transferiu o evento para um outro país europeu. Obviamente que a decisão se deu em retaliação à operação militar que a Rússia realiza no território da Ucrânia, vale dizer, o direito legítimo e soberano dos russos de se defenderem das ameaças da OTAN e da escalada militar levada adiante pelo imperialismo no leste europeu.

Antes do início da partida, fatos pouco comuns nos estádios da Europa foram vistos por mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Torcedores das duas equipes – em repúdio aos preços astronômicos dos ingressos cobrados para assistir a final – literalmente pularam a cerca para adentrar ao estádio, sem que nada pudesse ser feito pelos seguranças que, inutilmente, tentaram impedir a invasão. A polícia francesa entrou em ação reprimindo os torcedores com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo; todavia, muitos conseguiram furar o cerco e entraram nas dependências do estádio. Os incidentes motivaram o atraso do início da partida em 35 minutos.

Em campo, o confronto entre as duas equipes que disputavam a cobiçada taça do milionário torneio de clubes campeões da Europa mais parecia a final entre dois clubes de qualquer outro continente (particularmente África e América do Sul), dada a profusão de jogadores em campo que, seja pela nacionalidade ou mesmo pela origem étnica, não são exatamente europeus, como os jogadores  afrodescendentes nascidos na Europa integrantes das duas equipes (Konaté, Mendy, Alaba, Benzema), ou a maioria deles, pertencentes ao futebol africano e sul-americano, com destaque para os brasileiros que compõem as duas equipes: Fabinho, Thiago Alcântara, Alysson, Firmino (pelo Liverpool); Casemiro, Vinícius Jr., Rodrygo, Militão (pelo Real Madrid). Completam o quadro dos não europeus o uruguaio Valverde (RM) e o colombiano Luís Diaz (LIV).

Portanto, ironicamente, na final “europeia” do mais badalado torneio de clubes do mundo, o que menos se viu em campo foram jogadores genuinamente pertencentes aos países de origem dos dois times europeus finalistas (Inglaterra e Espanha). Não somente a maioria em campo estava formada pelos estrangeiros africanos e sul-americanos das duas equipes, como esses jogadores foram os mais decisivos para os dois times, basta ver a retrospectiva de gols e atuações dos não europeus nas fases classificatórias anteriores do torneio, até a chegada à final.

Desta forma, para que o futebol europeu apareça aos olhos do mundo como o “melhor e mais competitivo” – além da propaganda enganosa disseminada para os quatro canos do mundo – os grandes clubes dos principais países (Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha) precisam abrir os cofres e trazer para os gramados do velho continente o material humano existente fora da Europa, abundante na África e principalmente no Brasil, que ostenta, pelo histórico de títulos e conquistas, o melhor futebol do mundo, apesar de toda a campanha canalha e sórdida da imprensa internacional (endossada pela servil imprensa esportiva nacional) para difamar e atacar o nosso futebol. Vide a monstruosa e ignominiosa campanha de ataques e calúnias contra o craque brasileiro Neymar.

O Brasil é o maior “exportador” de craques não somente para os gramados europeus, mas também para os demais continentes (futebol árabe, asiático, etc.). Já o futebol da decadente Europa, se dependesse somente dos europeus genuínos, jamais alcançaria a projeção que, artificialmente, ostenta em todo o mundo. Esses fatos e muitos outros evidenciam que não passa de uma grande farsa propagandística a tão propalada superioridade do futebol do velho continente.

 

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