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"Milagre"

Caso Aécio Neves em 2014 mostra que pesquisas não são confiáveis

Candidato tucano foi alçado pelos institutos de pesquisa de 15% para 46% das intenções de voto no final da campanha

Há tempos estamos ignorando que informações são divulgadas todos os dias por um grupo muito pequeno de pessoas e hoje é natural ligar uma televisão e achar que o que vamos ver de alguma forma é considerado como verdade. 100% dos eleitores brasileiros acessam a televisão todos os dias. 

Setembro de 2022, dia 15. o Datafolha divulga pesquisa que coloca o ex-presidente Lula na frente de Bolsonaro, 45% a 33%  mostrando um cenário estável e favorável para Lula. Apesar do grande número de pessoas levado às ruas por Bolsonaro, um candidato que ainda é rejeitado pela burguesia financeira, os bancos, A pesquisa mostra que em pontos percentuais a posição de Bolsonaro caiu um ponto percentual, indo de 34% há uma semana, para 33% na atual pesquisa do Datafolha.

Seria de se esperar que houvesse um acréscimo de 1 ou mais pontos percentuais, pois se sabe que o atual presidente tem usado valores bilionários para alvancar suas chances de ir para o segundo turno. Já dissemos em matérias anteriores que as pesquisas eleitorais são passíveis de manipulação, porém o fato de as televisões divulgarem em todo o país as pesquisas como algo confiável já é um indício de que os monopólios burgueses que dominam as empresas de informação sabem que o eleitor é sensível à informação dada de maneira rápida e sem muita explicação. Nos horários considerados importantes, esse tipo de informação é tão e há tanto tempo mostrado como importante que grande parte da população que vota considera importante receber essa informação. É raro o eleitorado consultar informação sobre algum candidato. O importante e o que vai ser debatido com amigos e familiares acaba sendo, na grande maioria da povo, o que aparece no noticiário.

Este setor da burguesia que controla a informação e se relaciona estreitamente com a burguesia financeira ainda tenta apresentar a candidata da terceira via como uma possibilidade de crescimento e uma opção para o discurso que foi colocado por ela mesma nos meios de comunicação de que ‘seria bom não ser nem Lula nem Bolsonaro, mas a mulher do interior que está na corrida eleitoral, tentando manipular a população para votar na candidata antes desconhecida, porém algumas matérias jornalísticas deste Diário mostraram quem é a candidata da terceira via e a que veio.

Existe todo um tom jornalístico de manipulação do eleitorado por parte da imprensa golpista Folha de São Paulo, imprensa que representa a burguesia e ignora a vontade popular.  A Folha sugere constantemente que embora Lula esteja na frente ele já esteve melhor com 54% e caiu, fora os ataques constantes ao petista na questão de que o importante é a corrupção. Porém, para a população o importante não é saber a quantas andou a corrupção porque sempre houve corrupção no Brasil e continua havendo mesmo com a saída do PT.

Impopularidade de Aécio era altíssima

Todo um jogo de números é feito pela imprensa monopolista pró imperialista da Folha, que mostra outros números na mesma pesquisa para eleitores que recebem salário A ou B, o que acaba fazendo como que o leitor não saiba mais quantas pessoas na realidade estão com Lula e quantos com Bolsonaro e se atente somente para 45% de Lula e 33% de Bolsonaro que é o que vai ser apresentado pelas televisões e com os quais a imprensa televisiva vai jogar para manipular os telespectadores. Ou seja, os números apresentado não no início da matéria para a diferença dos dois candidatos não é o mesmo que aparece no meio da matéria. Imagine-se o nó que não dá na cabeça do leitor que receber três percentuais diferentes e a televisão divulgar um como principal que, na verdade, não é o principal e não representa a maioria dos que foram entrevistados para fazer a pesquisa.

A título de ilustração, para o baixo nível na manipulação e alto grau de manipulação vamos lembrar do que aconteceu antes do golpe de 2016 quando tiraram uma mulher, Dilma, de maneira altamente questionável, que foi eleita pela maioria da população e após sua vitóriao o candidato da burguesia, Aécio Néves (PSDB) iniciou o discurso de ódio que vemos até hoje. As televisões que usam as pesquisas eleitorais que em sí já são tendenciosas, pois apresentam vários números diferentes para os mesmos candidatos na mesma pesquisa, ou seja, informações imprecisas são dadas para que a imprensa televisiva que é controlada por uma família de bilionários, os Marinho, que pertencem à burguesia financeira divulguem o que acharem melhor. Seria esperar muito que 3 bilionários tivessem muito respeito por quem recebe 2 mil reais por mês e viraria indigente se ficasse desempregado por muito tempo.

Em agosto de 2014, Dilma (PT) tem 38%, Aécio (PSDB), 23%, e Campos (PSB), 9%, diz pesquisa Ibope. Não foi mostrado percentual considerando os salários dos entrevistados, e informava que Dilma estava com o mesmo percentual que a pesquisa anterior e Campo e Aécio tinham caído percentualmente em relação à pesquisa anterior. Segundo divulgou a imprensa do monopólio da família de bilionários, os Marinho, que são mais amigos dos bancos que do povo cuja maioria é pobre. Um mês depois, 12/09/2014 a Globo mostra pesquisa do Ibope com Dilma com 39%, Marina com 31% e Aécio com 15% e no mês seguinte outra pesquisa do Datafolha apresenta que Aécio tem 46% e Dilma 44% das intenções de voto no segundo turno. Estas divulgações da imprensa foram informadas sem muitos detalhes de quantos participantes da pesquisa recebiam 1 ou 2 salários ou mais.

Dilma venceu as eleições de outubro e o candidato do PSDB, Aécio Neves, passou a usar os noticiários e a internet para atacar e questionar o resultado das eleições e a legitimidade da mesma. Nessa época, o STF, no qual havia uma parenta de Aécio Neves, não tomou nenhuma atitude quanto ao discurso de ódio e divulgação de fake news por parte do candidato derrotado, do PSDB. A rejeição do partido PSDB pela população pela quarta vez seguida. Hoje temos um dos ministros ativistas do STF, Alexandre de Moraes, que até já foi filiado ao PSDB, partido tradicional da burguesia e campeão de rejeição popular, porém muitos políticos do PT consideram que o STF estaria sendo favorável ao candidato do PT por estar pressionando Bolsonaro em tom ameaçador quanto ao discurso de fake news.

A ausência de informação a respeito de como foi feita a pesquisa já é um fator de manipulação e levaria grande parte dos eleitores a alterar sua decisão de voto. Este é um dos objetivos do monopólio da Globo e dos jornais da burguesia que seguem a Globo, todos eles são extremamente obedientes à burguesia financeira americana e europeia que enxergam o Brasil como uma fonte de lucros. Não se pode contar com a vitória antes do tempo, como o PT e a esquerda estão fazendo neste momento, achando que inclusive podem vencer no primeiro turno. Em 2014 vimos que em um mês as pesquisas colocaram Aécio à frente de Dilma, e esta acabou vencendo o candidato da burguesia. Então, que credibilidade é essa que o PT está dando ao resultado das pesquisas? Alécio tinha inicialmente 15% e passou para 46%, o que a burguesia não faria com as pesquisas para transformar o percentual pequeno da candidata Simone Tebet para 40%, indo para o segundo turno com Lula?. O que fez Aécio em 2014 foi mais surpreendente do que poderia fazer Tebet agora. Porque Tebet não precisa passar na frente no primeiro turno, ela só precisa ficar em segundo para chegar ao segundo turno. Então, não se pode descartar estas coisas uma possível subida brusca da terceira via nas pesquisas, porque, como vimos, essas pesquisas não seguem lógica nenhuma, além de divulgarem poucas informações sobre os participantes das mesmas. Em 2014 com Aécio demonstraram como os institutos manipulam da forma que querem o resultado, não expressam a realidade das intenções de voto da população e só servem para virarem sensacionalismo televisivo. Por isso não significa que Tebet vai ganhar um apoio real do povo, as pesquisas podem dizer que ela tem apoio, quando na verdade isso é artificial, assim como Aécio em 2014, que era muito impopular, como todo o PSDB, pouca gente dizia que ia votar em Aécio e não era um político muito expressivo do mesmo jeito que Tebet.

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