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Terceira via

Campanha pró-mulheres do TSE é campanha antecipada para Tebet?

Burguesia se esforça para emplacar sua candidatura preferencial e apela para a demagogia

Anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estreia nesta terça-feira (21), com transmissão para toda rede nacional de rádio e televisão, a mais nova campanha publicitária do tribunal em torno das eleições de 2022. No entanto, diferente de uma típica campanha de anuncio das eleições o TSE mais uma vez vem se colocando na tentativa de incentivar uma parte do público a entrar em uma campanha favorável a terceira-via.

Esse é o caso da campanha “pró-mulheres” lançada nesta terça-feira. O TSE anunciou a produção de vídeos, cards, materiais para as redes sociais e em perfis oficiais trazendo o problema da “defesa de mais mulheres na política”. Segundo o tribunal, mostrando o total cinismo da campanha, trata-se de “um centro de luta contra a violência política de gênero, sobretudo, e catalisando ações que ampliam a participação feminina em postos de lideranças políticas”. Vale lembrar que o mesmo TSE, que se coloca como defensor dos direitos das mulheres, tem como presidente recém-eleito ninguém menos que Alexandre de Moraes, o ditador fascista que vem perseguindo todos os opositores do principal setor da burguesia e que recentemente decretou o fechamento de todas as contas nas redes sociais do Partido da Causa Operária.

Com um slogan um tanto quanto tendencioso o TSE declara “Mais mulheres na política. A gente pode, o Brasil precisa”, algo que de longe pode parecer corriqueiro, no entanto, em face da forte campanha realizada pela imprensa burguesa em torno da mais nova candidata da 3ª Via, Simone Tebet, indica a preparação de um grande golpe eleitoral da burguesia em favor da 3ª Via.

Nesse sentido, o regime golpista já vem se articulando em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral desde que a carta principal da 3ª Via era o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Com uma campanha que buscava atrair setores mais jovens e “democráticos” da população, Eduardo Leite se assumiu gay e a imprensa burguesa lançou-se uma forte campanha tentando mostrar que Leite era o candidato “novo” das eleições. Com isso, mobilizando celebridades, artistas, etc. a burguesia brasileira lançou a campanha pela filiação de novos eleitores, como uma maneira de influenciar o eleitorado mais inexperiente nas eleições.

Com o apoio inclusive do estrangeiro, a campanha pela inscrição de jovens e adolescentes no processo eleitoral ganhou forte repercussão, inclusive, iludindo setores da esquerda pequeno-burguesa que acreditavam poder utilizar este setor a seu favor. No entanto, como já foi dado como destaque anteriormente pela imprensa burguesa, esta é uma eleição que será garantida pela “rejeição” aos candidatos.

Agora, com o fracasso da candidatura de Leite a campanha identitária move-se do jovem e LGBT para um setor importante das eleições, o voto feminino. Com a candidatura de Simone Tebet, a “candidata mulher”, a burguesia joga peso no problema da “participação feminina” nas eleições, influenciando sobretudo setores da pequeno-burguesa, da classe média como um todo, com o problema da mulher.

Esta política da burguesia tenta se aproveitar da profunda inserção que o identitarismo teve na esquerda pequeno-burguesa brasileira para angariar apoio a esta política. Dessa maneira, Simone Tebet aparece como a candidata da defesa das mulheres, a representação do voto feminino, e mais, a alternativa entre os “extremos”, Lula e Bolsonaro.

Em grande medida esta campanha em torno da 3ª Via não é aberta, mas sim um preparativo do golpe eleitoral que a burguesia busca organizar para as eleições presidenciais. A própria 3ª Via não pode fazer uma campanha antecipada, seus candidatos tem “telhado de vidro” e a campanha eleitoral precisa ser curta, porém, intensiva, atacando sobretudo o candidato da esquerda, o ex-presidente Lula.

Essa manobra do TSE em buscar envolver o público feminino está muito longe de representar qualquer avanço para a luta da mulher trabalhadora, na realidade, é uma manobra com o público feminino que o principal setor da burguesia busca organizar para golpear todos os trabalhadores.

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