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Comissão Pastoral da Terra

Campanha Contra a Violência no Campo: um banho de sangue

De acordo com a coordenação, o ano de 2023 será o principal para a Campanha, tendo em vista o cenário ainda desafiador, apesar da eleição de Lula

– Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Buscando caminhos que fortaleçam a Campanha Contra a Violência no Campo, nos dias 12 e 13 de dezembro de 2022, a coordenação da Campanha esteve reunida no Centro de Estudo Sindical Rural (Cesir) da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG), em Brasília-DF, para avaliar e pensar nas próximas ações de enfrentamento à violência no campo.

Entre os compromissos assumidos para o próximo ano estão o de proporcionar o enraizamento da Campanha juntos aos territórios que mais sofrem violências e fortalecer a incidência política a partir da atuação dos Grupos de Trabalho. De acordo com a coordenação, o ano de 2023 será o principal para a Campanha, tendo em vista o cenário ainda desafiador, apesar da eleição de Lula. 

A violência causada por latifundiários, mineradoras, madeireiras, entre outros grandes empresários que exploram a terra e o meio ambiente como um todo, continua assassinando, ameaçando e perseguindo milhares de comunidades rurais em todo o Brasil, entre elas de agricultores(as) familiares, camponeses, sem-terra, indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores artesanais, dentre outros povos do campo.

Uma brutal violência no meio rural que também mata e persegue defensores(as) dos direitos humanos, líderes religiosos e de entidades sindicais e de movimentos sociais, jornalistas e ambientalistas e indigenistas, a exemplo dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, da irmã Dorothy, do ex-presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará, Dezinho, do sindicalista e ambientalista Chico Mendes.

Só entre 2016 e 2022 foram assassinados 98 trabalhadores sem-terra, 58 indígenas, 28 posseiros, 25 quilombolas, 25 assentados, 07 agricultores familiares, bem como outras 36 pessoas do campo. Ao todo, 273 mortes violentas ligadas a conflitos, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

“Os dados apresentados pela CPT demonstram que os conflitos continuam, pois há uma disputa grande entre as grandes empresas, os latifundiários do agronegócio e as comunidades rurais pelos espaços dos territórios que tradicionalmente são das comunidades rurais que há anos defendem a terra e a biodiversidade. Essas situações de violência no campo se dão pela má gestão do governo Bolsonaro, por conta de leis que estão sendo desregulamentadas no Congresso Nacional e o aval do judiciário que acaba dando condições para continuidade da impunidade”, diz a coordenadora da CPT, Isolete Wichinieski. 

Na perspectiva de buscar mecanismos para barrar esses números de assassinatos e ataques às comunidades rurais, dentre outros sujeitos e grupos sociais perseguidos e penalizados, 66 organizações implementam a “Campanha Contra a Violência no Campo: em defesa dos povos do campo, das águas e das florestas”.

“Para a CONTAG, a Campanha Contra a Violência no Campo tem papel fundamental na implementação de estratégias na luta pela terra, da reforma agrária e de políticas públicas que possam sustentar os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, bem como todas as comunidades tradicionais guardiãs dos territórios e do Meio Ambiente, na perspectiva de contiguar garantindo uma produção sustentável, com segurança e soberania alimentar no Brasil, que hoje tem 33,1 milhões de pessoas passando fome, como afirma pesquisa feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan)”, destaca o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto Silva (Guto), que é do Pará, um dos 9 estados da Amazônia Legal, região com o maior número de conflitos por terra no Brasil.

* Os artigos aqui reproduzidos não expressam necessariamente a opinião deste Diário

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