Indiferente aos 5.084 presos políticos atuais, encarcerados durante o enfrentamento do povo chileno com o governo de Sebastián Piñera, seu sucessor, Gabriel Boric, anunciou que buscará os desaparecidos pela ditadura militar comandada por Augusto Pinochet (1973-1990). “Nosso compromisso é (…) continuar buscando incansavelmente os detentos desaparecidos, 1.192 detentos desaparecidos que ainda não sabem onde estão. Não é aceitável, não é tolerável, não podemos naturalizar”, afirmou Boric hoje (11).
Já os presos de hoje, o mandatário afirmou ainda antes de ser empossado que “nós nunca estivemos a favor de indultar quem saqueou pequenas e médias empresas e toda essa caricatura que tem se realizado de que queremos manter uma espécie de impunidade”. O anúncio foi feito na data em que o país lembra o 49º aniversário do golpe de Estado. No mesmo dia, uma manifestação popular contra o golpe de 1973 foi duramente reprimida pela polícia chilena, os carabineiros.