O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, utilizou o seu discurso diante da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para atacar a Rússia e acusá-la de ser a responsável pela guerra na Ucrânia.
O “democrata” disse que o governo russo violou a Carta das Nações Unidas e os países do mundo precisam repudiar essa ação.
Entretanto, tratou-se de um discurso hipócrita, uma vez que a guerra na Ucrânia não começou com a intervenção russa, no início deste ano, mas sim em 2014, logo após os EUA promoverem um golpe de Estado que destituiu o presidente eleito Viktor Yanukovich.
Na época, a secretária de Estado dos Estados Unidos para a região, Victor Nuland, participou ativamente dos protestos do “Maidan” ─ manifestações organizadas e com ampla participação de milícias e esquadrões fascistas, que destruíram o centro de Kiev.
Com a queda do governo, um novo foi colocado em seu lugar e Nuland participou da escolha de seus membros. Entre eles, políticos notoriamente nazistas, de organizações como o Pravy Sektor ou o Svoboda. Outros grupos, como o Batalhão Azov e o Batalhão Aidar, conquistaram amplo poder e apoio das forças públicas golpistas.
Como os habitantes do leste e sul do país, majoritariamente russos, não aceitaram aquele golpe, que contou com intensas características russofóbicas como uma lei aprovada pelo parlamento ainda em 2014 que basicamente suprimia o idioma russo ─ falado pela maioria da população.
Depois disso, os nazistas apoiados por Kiev, bem como o exército ucraniano, invadiram as regiões rebeldes e têm cometido um verdadeiro genocídio desde então, com a morte de mais de 14 mil civis nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no Donbass, que declararam independência ainda naquele ano.
A OTAN, dominada pelos EUA, é o principal impulsionador e financiador da guerra travada pela Ucrânia contra essas regiões, e hoje em dia o exército ucraniano só consegue permanecer assediando o Donbass devido ao fornecimento de armas dos Estados Unidos e demais aliados.
A ação russa é apenas uma resposta defensiva contra essa agressão liderada pelos EUA, fomentando o nazismo na Ucrânia com o claro objetivo de atacar e atingir o coração da Federação Russa.
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