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Arte e guerra

Banksy pinta as ruas ucranianas de demagogia barata

Artistas são feitos de fantoches pelo imperialismo para defender suas chacinas

Uma das armas usadas pelo imperialismo para camuflar suas ações destrutivas é a arte. Recentemente, surgiram pinturas ao longo dos muros de destroços na Ucrânia, em tom crítico à Rússia, que foram reivindicadas pelo pintor anônimo Bansky.

Esse artista, que afirmou ter feito uma das obras – mas ainda não reconheceu as outras –, é um dos supostos artistas críticos muito compartilhados pelo mundo como mensageiros da paz, questionadores e atrelados a funções sociais. Suas pinturas são grafites em muros e paredes nas ruas e questionando guerras mas, ironicamente, apenas aquelas nas quais os Estados Unidos estão no lado considerado “bom” pela imprensa capitalista.

Nos novos murais divulgados, uma bailarina dança sobre uma cratera produzida, talvez, por bombas russas; enquanto na outra há uma ginasta equilibrada sobre um bloco de concreto que caiu de alguma construção. A imprensa burguesa, fazendo seu trabalho, não perdoa. A respeito do assunto, o jornal O Globo interpretou a bailarina como sendo uma forma de demonstrar que a Ucrânia resiste aos bombardeios russos em Kiev e mencionam, claro, o caso de Bucha – ocultando que se tratava de uma farsa, e não mencionaram os bombardeios dos nazistas ucranianos contra seu próprio povo.

Bansky, autor cuja verdadeira identidade segue em anonimato, é um daqueles artistas que o grande capital gosta e constantemente aparece em postagens ou camisetas pelo planeta. Travestindo de “críticas sociais”, assim como faz o U2, leva a fama de ser questionador e um grande aliado da paz ou da justiça social, quando, na realidade, é apenas um fantoche e uma peça utilizada pelo imperialismo.

A arte possui, por definição, um caráter transformador e é constantemente atrelada a setores progressistas e é exatamente por essa razão que os imperialistas, por meio de sua máquina de propaganda, utiliza tanto os artistas para caracterizar a operação militar russa como conservadora, reacionária e até nazista; quando, na realidade, não perde seu caráter progressista e libertador da população do Donbass.

A arte mais famosa da última leva divulgada de Bansky, por exemplo, retrata um garoto derrubando e golpeando um judoca, nos escombros de uma construção em Kiev. Os golpistas do O Globo a interpretaram a pintura como um símbolo da suposta resistência do povo ucraniano, representados pelo menino, pequeno e sonhador, contra o grande judoca, que representaria Putin tanto pelo tamanho, quanto por ser um admirador das artes marciais. Essa forçação de barra está presente, como dito anteriormente, para mudar o caráter da operação liderada por Vladmir Putin na Ucrânia, mas a realidade é uma só: contra os nazistas ucranianos, a operação russa possui caráter progressista e deveria ser apoiada por todos os países atrasados e explorados pelo imperialismo.

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