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Análise Internacional

As eleições na Colômbia e a decomposição do exército ucraniano

Imperialismo segue firme na Colômbia mas não evita fracasso das forças ucranianas.

Para o entendimento mais concreto da realidade política brasileira, é necessário também uma compreensão do desenvolvimento político mundial. Analisar seus principais temas na perspectiva marxista é, justamente, a proposta do programa Análise Internacional, que vai ao ar todas as terças- feiras a partir das 17:30.

No programa, o companheiro Rui Costa Pimenta faz a sua tradicional análise de conjuntura dos principais acontecimentos políticos internacionais, tais como: o avanço russo e a libertação do povo do Donbass na guerra da Ucrânia; e o caráter neoliberal e pró imperialista da chamada “nova esquerda” no Chile, liderada por Gabriel Boric, festejado após sua eleição pela esquerda pequeno-burguesa no Brasil, que agora fecha os olhos para sua política repressora contra sua população.

Esses e diversos outros temas são analisados de maneira profunda, sempre alertando sobre os reflexos que podem afetar o desenvolvimento político no Brasil. Afinal, o país passa por um momento muito conturbado na campanha por Lula presidente, com a sua candidatura sendo atacada tanto à esquerda quanto à direita, defendida de maneira consciente somente pelo PCO. Os demais partidos procuram somente se apoiar na popularidade do ex-presidente para fins eleitorais, sem apoiá-lo de fato.

Sem dúvida nenhuma, essa perspectiva dos fatos jamais será encontrada na imprensa golpista brasileira, pois esta serve aos interesses imperialistas no País e trazem os fatos internacionais sempre de maneira enganosa, assim como fazem com os nacionais. Basta acompanhar a cobertura do conflito entre Rússia e Ucrânia para constatar esse fato. Segundo a imprensa burguesa, Zelensky, apoiado pela OTAN, fazem o exército russo recuar e os integrantes das tropas nazistas são classificados como nacionalistas fervorosos.

A cobertura dos fatos pela imprensa golpista pode ser muito eficiente em enganar a direita e iludir a esquerda pequeno-burguesa. Porém, para quem procura uma perspectiva concreta dos fatos, o programa Analise Internacional é mais do que necessário.

Na ultima terça-feira (31), os destaques da Análise Internacional ficaram por conta das eleições na Colômbia, cujo desenvolvimento serve de alerta para o Brasil. Além desse tema, o companheiro Rui também comentou sobre a recente decomposição do exército ucraniano devido ao desenrolar do enfrentamento com os russos.

Quanto aos acontecimentos na Colômbia, o resultado parcial do primeiro turno, no qual passaram para o segundo turno o suposto esquerdista Gustavo Petro e Rodolfo Hernandez, classificado pelo companheiro Pimenta como “à direita da extrema direita” não é tão simples.

Para entendermos como a situação chegou a tal ponto, Rui elucidou o contexto pelo qual o país em questão passa, que possui algumas peculiaridades em relação aos demais países da região. Afinal, a Colômbia ocupa um lugar geográfico em meio a áreas de intensa conturbação política, pois é vizinho da Venezuela e está muito próximo ao Caribe. Dessa maneira, o principal interesse imperialista é manter suas posições no país, mesmo que para isso seja necessário intensificar o regime de extrema direita que já apoia por lá. Nesse contexto, Hernandez se mostra como uma opção ainda mais radical que o atual presidente Iván Duque.

O resultado parcial das eleições colombianas se assemelham ao ocorrido no Chile, onde os candidatos tidos como pertencentes ao regime político vigente entraram em crise. Gustavo Petro, esquerdista moderado, porém não descaradamente pró-imperialista como o chileno Boric, já era esperado no segundo turno. A surpresa ficou por conta de Hernandez, que tem chances de se tornar presidente no caso da somatória do eleitorado desses candidatos derrotados se reverterem em seu favor. De qualquer forma, a dominação imperialista não corre riscos.

O atual regime colombiano se apoia não somente na repressão da oposição através de suas próprias forças armadas, mas também na atuação de grupos paramilitares. Somente no ano passado foram mortos mais de 100 opositores políticos. No passado, os partidos de esquerda foram colocados na ilegalidade, formando as FARC (forças armadas revolucionárias da Colômbia). Sendo assim, a esquerda tradicional colombiana está fora do regime, que está dominado pela direita em sua totalidade.

Outro destaque a respeito da situação da Colômbia e a candidatura de Rodolfo Hernandez, está no fato de que ele é também desconhecido do grande público, sendo isso algo que o favorece. No Brasil, temos a atual candidata da terceira via Simone Tebet, que se encontra na mesma condição: desconhecida e apoiada pelo imperialismo. Fica então o alerta àqueles otimistas em relação à eleição de Lula no Brasil.

Quanto a Gustavo Petro, o destaque fica pelo fato de sua vice: uma mulher negra identitária, representante de ONGs financiadas pela Fundação Ford, notório órgão imperialista que também atua no Brasil, como foi demonstrado por este Diário no caso Boulos-Warde.

Em relação à Ucrânia, houve no programa a análise da situação calamitosa em que se encontram suas forças armadas devido ao número de baixas sofridas no enfrentamento com os russos. A situação chegou a tal ponto que é necessário, no momento, pavimentar uma nova área nos cemitérios de Kiev para abrigar esses mortos.

Essa crise vem gerando diversos motins no exército ucraniano, diversos soldados desertaram e outros vários se recusam a cumprir ordens. A dramaticidade da situação abre precedente para mobilizações populares no país, algo que já ocorreu no passado na Rússia no contexto da primeira guerra mundial, um dos motivos que levou à revolução de 1917.

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