Durante a semana passada, vieram à tona na imprensa internacional denúncias sobre o desenvolvimento de armas nucleares e biológicas para o desenvolvimento de doenças em território ucraniano, com a ajuda e o incentivo dos EUA, que teriam utilizado como desculpa a diplomacia política com a OTAN para colocar à frente pesquisas ilegais de desenvolvimento de armas. Sobre esse fato, há uma série de evidências que comprovam a concretude da denúncia que foi, inclusive, confirmada pelo comportamento desesperado dos norte-americanos em relação ao assunto.
Segundo investigações do portal Sputinik Brasil, uma fonte afirma que:
“Nos últimos anos, a Ucrânia intensificou a sua exploração geológica das camadas profundas no território de minas de urânio existentes, bem como o desenvolvimento de potenciais depósitos de urânio, particularmente nas regiões de Nikolaev, Dnepropetrovsk e Kirovograd”.
E que, além de urânio, particularmente os EUA teriam fornecido também plutônio. Ambos são elementos fundamentais na construção da composição das bombas.
“(…) o plutônio da qualidade necessária foi obtido no exterior. De acordo com as informações disponíveis, os Estados Unidos já tinham transferido esse material para seus parceiros. Há razões para acreditar que houve participação de Washington no caso da Ucrânia”, afirmou fonte à Sputnik Brasil.
Ainda de acordo com a denúncia, o Instituto de Física e Tecnologia de Kharkov e o Instituto de Pesquisa Nuclear de Kiev estão diretamente envolvidos nas pesquisas e no desenvolvimento ilegal das armas nucleares e biológicas.
Esses acontecimentos de caráter criminoso apresentam alto potencial de veracidade, devido a alguns acontecimentos que envolvem as relações entre os EUA, através da OTAN, e a Ucrânia. Desde 2014, o movimento nazista na Ucrânia “estranhamente” se desenvolveu ao mesmo tempo em que, nesse mesmo ano, houve um golpe de Estado no país. A partir de então, os ucranianos presenciaram a criação de grupos nazistas paramilitares fortemente armados, como o Batalhão de Azov, um dos responsáveis pela perseguição do povo russo dentro do país.
Junto a isso, a aproximação da OTAN ao território ucraniano ocorreu durante o mesmo contexto, flertando com o país, cujo território interessa economicamente aos EUA, já que faz fronteira com a Rússia. Os norte-americanos nunca se mobilizaram para denunciar o desenvolvimento do nazismo ucraniano. Não à toa, é possível encontrar na internet um punhado de fotografias que relacionam diretamente o nazismo e a OTAN na Ucrânia. Após o golpe de 2014, o imperialismo tomou conta do país para utilizá-lo como um instrumento de agressão contra a Rússia
Em 19 de fevereiro deste ano, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, declarou durante na 56ª Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, que iria revisar o estatuto que impedia o desenvolvimento de armas nucleares em seu país. Anunciou que iniciaria negociações em torno do Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança, um acordo de países como Ucrânia, Rússia, Reino Unido e EUA, fechado em 1994 que coloca limites à proliferação de armas nucleares.
Recentemente, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou dados, segundo os quais os EUA gastaram mais de US$200 milhões (cerca de R$1,015 bilhão) em laboratórios biológicos na Ucrânia, responsáveis por participar do programa biológico-militar americano. A informação bate com denúncias do mês de janeiro deste ano, efetuadas pelo Ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov. Segundo o ministro, militares norte-americanos, canadenses e ingleses foram enviados para a Ucrânia para auxiliar na instalação de bases no Mar de Azov. Junto a isso, foram injetadas no país toneladas de armamentos, enviados pelos EUA, num orçamento de meio bilhão de dólares aprovado pelo Pentágono. O orçamento é constituído de US$ 200 milhões em armamentos e US$ 300 milhões em “ajuda”.
Ainda segundo o Ministério da Defesa da Rússia, entre outras coisas, o programa biológico-militar americano trabalha com agentes da peste e antraz. Esta última bactéria é famosa por já ter sido utilizada como arma biológica, em pó, para atos de terrorismo. Causada pela bactéria Bacillus anthracis, o antraz causa infecção em pessoas que têm contato direto com objetos ou animais contaminados pela bactéria, quando ingerem carne de animais contaminadas ou inalam esporos dessa bactéria presentes no ambiente. A doença é grave e pode comprometer o funcionamento do intestino e pulmões, podendo levar ao coma e ao óbito em poucos dias após a infecção.
Desesperados com a denúncia, os norte-americanos vieram em público para dizer que estão trabalhando para retirar todo material biológico do território ucraniano. Isto é, confirmando que ele existe. A subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, foi a público no dia 8 de março deste ano, declarar no Comitê de Relações exteriores do Senado que “A Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica, que, na verdade, agora estamos bastante preocupados…”. O desespero é notado na declaração bisonha e esfarrapada de Nuland, que declara estar preocupa que os russos se apossem dos materiais biológicos. Contudo, estão escancaradas as ações criminosas dos EUA em torno do desenvolvimento de armas biológicas e nucleares.
A história mostra que a maior parte da indústria bélica do planeta é controlada pelos Estados Unidos, que lucram trilhões de dólares com o negócio da guerra. É interessante perceber que as maiores guerras da contemporaneidade, e os crimes advindos delas, nunca ocorrem em solo norte-americano. Sabendo disso, podemos entender que em verdade, a OTAN, a serviço dos EUA, usa a Ucrânia para atingir seus objetivos políticos e econômicos, como sempre aconteceu na política imperialista. Desta vez, financiando o nazismo na Ucrânia e o desenvolvimento de armas químicas, nucleares e biológicas em laboratório.





