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Rio de Janeiro

Após liberação de máscaras, foliões exigem blocos de rua em abril

Queda da obrigatoriedade do uso das máscaras uma semana depois do carnaval mostra que proibição da folia foi completamente política e, agora, o povo cobra

No feriado de carnaval em fevereiro deste ano, a burguesia se aproveitou do medo da pandemia para esmagar os direitos democráticos da população. As festas de carnaval de rua foram sendo adiadas pelas prefeituras de cidade em cidade até serem proibidas no País inteiro. A justificativa dada foi o avanço da nova variante ômicron, que levou a uma alta de casos e mortes nesse início de 2022.

A grande contradição da decisão de proibir as festas de rua foi que ao passo que essas foram proibidas, as festas particulares, pagas, foram permitidas e aconteceram normalmente, o que causou bastante revolta por parte da população e ligou o alerta de que na verdade se tratava de uma repressão política, visto que a burguesia brasileira, que sempre se incomodou com a festa mais popular do país, esse ano tem uma razão a mais para não querer ver o povo agrupado nas ruas: a campanha das massas por Lula Presidente.

Eis que uma semana depois do feriado a farsa se revela: como por um passe de mágica, o problema da difusão da contaminação do coronavírus desapareceu. Prefeitos e governadores de diversas cidades e estados decidiram abolir a obrigatoriedade da máscara em locais abertos. Em algumas cidades como no Rio de Janeiro, decidem abolir a obrigatoriedade do uso da máscara até mesmo em lugares fechados.

ERA TUDO MENTIRA

Diante de toda essa farsa, típica da burguesia brasileira, vale lembrar que, em 2016, dois dias após o impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff, justificado pelos golpistas por conta de supostas pedaladas fiscais cometidas por ela, o golpista Michel Temer sancionou uma lei que tornava lícita a prática das pedaladas, os blocos oficiais do carnaval de rua se revoltaram e prometem que irão sair às ruas ainda este ano.

As prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro já haviam acordado anteriormente que o desfile das escolas de samba de ambas as cidades seriam adiados para acontecer em abril deste ano. Agora, os blocos reivindicam que isso se estenda também a eles.

Diretora-executiva do “Coletivo Coreto”, que coordena mais de 30 blocos, Cris Couri diz que “Temos, sim, blocos do Coreto que desejam sair em abril se a curva permanecer decrescente e forem autorizados”.

Já o presidente do “Cordão da Bola Preta”, Pedro Ernesto Marinho, afirmou que espera que ocorra o mais breve possível uma conversa entre os blocos e a prefeitura. “Isso vai acontecer naturalmente pela importância do carnaval de rua para a economia criativa. Como ‘o carnaval que não teve mas teve’ foi na semana passada, acredito em novidades adiante.”, disse.

Um representante do bloco “Butano na Vareta” questiona: “Por que pode haver Sapucaí, Intendente Magalhães e atividades relacionadas a carnaval com cobrança de ingresso, mas o carnaval de rua não pode acontecer? É por razões sanitárias ou tem algo mais?”

É preciso apoiar e estimular os blocos para que saiam às ruas ainda este ano e atropelem de uma vez por todas a tentativa da burguesia de acabar com a festa mais popular do nosso país. O carnaval de rua é um direito do povo brasileiro, povo este que pôde sair de casa para vender sua força de trabalho e enriquecer ainda mais os grandes capitalistas durante toda a pandemia, que precisa pegar um transporte público completamente aglomerado todos os dias, entre tantos outros abusos, foi cinicamente impedido pelo poder público de sair às ruas para pular seu carnaval com a justificativa de que isso causaria aglomeração.

É preciso sair às ruas para pular o nosso carnaval ainda que com atraso e aproveitar a festa para colocar nas ruas aquilo que a burguesia tanto teme, a campanha por Lula 2022.

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