Nessa terça-feira (27), o Tribunal Superior de Angola determinou a apreensão de U$1 bilhão em pertences e bens de Isabel dos Santos, filha do ex-presidente angolano.
Isabel é procurada por suspeitas de vários crimes de lavagem de dinheiro, fraude qualificada, crimes de especulato, corrupção e associação criminosa. Toda investigação jornalística é liderada pela ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) junto com a Interpol. Também apuraram em documentos como Isabel construiu um gigantesco império que envolvia 400 empresas e subsidiárias em mais de 40 países para supostamente desviar recursos do governo da Angola.
Vale ressaltar que, durante o governo de José Eduardo dos Santos, ex-presidente da Angola, em 1979 a 2017, a economia da Angola cresceu 908% em 15 anos, saindo de um PIB de 12,5 BI para 126 BI. A produção industrial da Angola manteve crescimento no quarto bimestre em 2021 por meio da extração de petróleo, diamante, produção e distribuição de eletricidade e gás.
Além disso, todos os investimentos e bens confiscados de Isabel diziam respeito a empresas africanas. Ou seja, trata-se do imperialismo confiscando o patrimônio de uma figura que, apesar de pertencer à burguesia, trazia desenvolvimento não só para a Angola, mas para países como Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Não é de hoje que o imperialismo americano atua e exerce poder militar, cultural, econômico, financiamento de guerras e ditaduras em países da América Latina, do Oriente Médio e da África com o propósito de comandar, asfixiar governos.
A Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África e é fornecedor estratégico de commodities para os Estados Unidos. Assim, o imperialismo americano age utilizando a manipulação de leis com a própria justiça local de determinados países ao qual deseja controlar impedindo o crescimento daquele país, utilizando da lei para prejudicar, perseguir, prender ou, até mesmo, matar determinado governo atacando sua soberania.