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Esquerda golpista

A sabotagem da candidatura de Lula

Psolista Sonia Guajajara aproveita palanque para atacar Lula e fazer o jogo da direita e do imperialismo

Mesmo diante da crise política, a esquerda vem trabalhando ativamente para sabotar a candidatura de Lula à presidência. A mesma esquerda que não fez nada para derrotar o Bolsonaro e lutar contra a direita, agora segue sem apoiar Lula, a principal ferramenta que os trabalhadores têm para derrotar a burguesia e superar o golpe de estado.

Recentemente, a indígena popstar do PSOL, Sonia Guajajara, em evento do Acampamento Terra Livre, atacou o ex-presidente Lula com a questão da usina de Belo Monte, na presença do próprio. Em seu discurso, a ativista destacou que está pronta para que “não haja mais usina de Belo Monte” no governo de Lula.

A declaração de Sonia segue a mesma linha de Guilherme Boulos, o golpista mais querido da Folha de S. Paulo. Em entrevista, Boulos disse que não haverá trégua quando Lula assumir o governo, já antecipando a campanha golpista típica da esquerda golpista.

Esse tipo de posicionamento vem de setores que nada fizeram para lutar contra o Bolsonaro e que até agora não definiram seu apoio a Lula. Também são os mesmos que apoiaram o golpe em 2016 e não moveram uma palha na luta pela liberdade de Lula. A posição de atacar Lula, antes mesmo de ser governo, já é um indício muito explícito do que está por vir.

Se aproveitar de um evento que contava com a presença de Lula e de outras importantes figuras do PT, como Gleisi Hoffmann, para atacar sua política já seria um absurdo. Atacar pelo motivo que foi mencionado é ainda pior. Sonia Guajajara foi uma das principais porta-vozes da campanha golpista contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Campanha essa incentivada e financiada pelo imperialismo, que contou com participação de artistas globais, com propaganda nas emissoras de TV e na imprensa burguesa, diariamente nas programações. Além disso, trata-se também de uma campanha contra o desenvolvimento, contra a industrialização do país, uma campanha tipicamente imperialista.

Por outro lado, o ataque a Lula, como vem sendo feito, é quase como uma declaração de guerra contra Lula e, de certa forma, contra os trabalhadores em geral. Nós do PCO temos um programa e delimitamos muito bem as nossas diferenças em relação a Lula e ao programa do PT em geral. Mas não expressamos essas diferenças programáticas de forma a atacar uma figura que sequer chegou ao governo.

Um partido verdadeiramente revolucionário e que lute ao lado da classe trabalhadora não deve atacar uma liderança extremamente popular como Lula. Se Lula de fato vier a ser um governante do país, organizaremos e discutiremos nossas campanhas, levantaremos nossas reivindicações e vamos mobilizar para concretizá-las. Não há uma oposição entre o governo de Lula e as reivindicações dos trabalhadores. A nossa luta deve ser travada contra a direita, contra a burguesia e não contra Lula.

Esses que atacam Lula antes mesmo de se iniciar um governo seu são verdadeiros canalhas. São oportunistas e carreiristas que a burguesia utiliza para confundir a esquerda e o conjunto dos trabalhadores. São ferramentas da direita para tentar desviar os votos de Lula, de forma a se chegar a qualquer candidato que possa ser útil para seus interesses. Para a direita e o imperialismo, Boulos, Guajajara e várias outras figuras da esquerda pequeno-burguesa são fantoches, usados conforme convém e depois de cumprido seu papel, são descartados.

Durante os quase quatro anos de governo Bolsonaro, nada fizeram para derrubá-lo. Quando da sua eleição, disseram que não era o momento para chamar “fora Bolsonaro”, enquanto nós do PCO já impulsionávamos essa palavra de ordem ainda no segundo turno das eleições de 2018. Em 2020, com a pandemia, disseram que deveríamos ficar em casa e não lutar contra o governo. No ano passado, depois de destruirmos a campanha do “fique em casa” com uma grande manifestação de 1º de maio na Praça da Sé, em São Paulo, essa esquerda foi obrigada a ir às ruas portando suas máscaras e álcool gel, mas a muito contragosto. E mesmo assim, foram para as ruas sem convocar ninguém e fazendo de tudo para destruir os atos, convidando os abutres da direita golpista. 

Figuras como Ciro Gomes, João Doria, MBL, PSDB e muitos outros tradicionais golpistas foram chamados para as manifestações para supostamente defender o “fora Bolsonaro”. Ou seja, sabotaram de forma aberta a verdadeira luta para derrotar o governo golpista. Agora que Lula sequer foi eleito, já querem demonstrar seu papel de oposição. Papel esse que foi abandonado durante os anos de Bolsonaro.

Os trabalhadores e o conjunto da esquerda devem ter clareza de quem de fato os defende. Esses golpistas de quinta coluna nunca fizeram nada e atuam cumprindo a agenda que o imperialismo impõe. Eles já estão preparados para, no caso de termos Lula eleito, realizar um novo “Não Vai Ter Copa”, para derrubar um governo de esquerda. Nossa saída é através da mobilização, é se apoiando na classe trabalhadora e não nestes golpistas.

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