─ Sputnik News ─ Um ex-ministro grego criou um novo partido, cujo cartaz chama a OTAN de culpada do conflito na Ucrânia, e instou os gregos a seguir uma política multilateral, incluindo a normalização das relações com a Rússia.
A Rússia tem razão, a OTAN e os EUA devem sair da Ucrânia, declarou Panagiotis Lafazanis, ex-ministro grego de Reconstrução Produtiva, Meio Ambiente e Energia (2015), mostrando o cartaz eleitoral inaugural do Partido do Movimento Democrático para a Libertação Nacional.
A faixa apresenta legendas que incluem também um grande símbolo Z, fortemente associado à operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Lafazanis acusou os EUA e a OTAN de “criar o inferno na Ucrânia”, de tentar “destruir a Europa” e de “estropiar a Grécia e condená-la à pobreza”. O político também pediu ao povo que derrubasse o “regime político vicioso, corrupto, oligárquico e escravo” e compartilhasse o cartaz on-line.
“Enviem um sinal de que os EUA e a OTAN devem ser derrotados na Ucrânia. Digam em voz alta que o domínio americano deve terminar no nosso país, na Europa e no mundo. Exijam o estabelecimento [de] uma ordem mundial pluralista, onde mesmo os pequenos Estados têm o direito de ter voz e presença”, disse ele, citado no sábado (23) pelo portal Pronews.gr.
Lafazanis afirmou anteriormente que seu novo partido procura unir várias forças políticas para reconquistar a “independência da Grécia” e acabar com a chamada prática de Atenas ser usada como uma frente para outras potências ocidentais. Em vez disso, sublinhou ele, a Grécia deve normalizar as relações com todos os países, incluindo a Rússia. O político sublinhou que ele rejeita a histeria antirrussa e acredita que as sanções contra Moscou devem ser levantadas.
Desde fevereiro que os países ocidentais se viram isolados após terem imposto sanções à Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia. A maior parte de seus aliados, inclusive no Oriente Médio, se recusou a juntar à iniciativa, com as sanções aumentando os preços globais do petróleo, os custos do gás na Europa e perturbando ainda mais as cadeias de abastecimento globais, que já estavam fortemente prejudicadas pela pandemia.