A falência de um setor da esquerda nacional foi revelada nesta semana. Uma nota emitida pelo Ministro da Defesa do governo Bolsonaro, e assinada pelos três comandantes das Forças Armadas, procurou fazer um elogio e celebração ao golpe militar de 1964. A carta, repleta de propaganda anticomunista, procurava retratar como positivos os crimes cometidos pelos militares contra a população naquele período.
Evidentemente que isso é um insulto contra o povo brasileiro e deve ser encarado como tal. No entanto, a esquerda nacional permaneceu em silêncio sepulcral. Algumas semanas atrás, Monark afirmou que era a favor de qualquer partido político, inclusive um possível partido nazista, e isso fez com que toda a esquerda fosse com tudo que tinha (tuítes e chilique) para cima do youtuber. No entanto, a mesma virulência não é direcionada ao general Braga Netto, possível candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Contra um general golpista e fascista de verdade, a esquerda pequeno-burguesa não tem nada a dizer.
É muito semelhante à situação na Rússia, que está em conflito contra o imperialismo, e a esquerda pequeno-burguesa brasileira simplesmente se mostrou incapaz de definir um posicionamento. Mesmo diante de imagens de nazistas amarrando pessoas em postes no meio da rua e deixando-as morrer de frio, fome e desidratação, não é dito nem um pio. A pequena-burguesia imbecilizada e hipnotizada pela propaganda imperialista apenas repete insultos a Vladimir Putin.
No entanto, o PCO se mostra completamente diferente destes setores da esquerda pequeno-burguesa, incapazes de reagir às ameaças da extrema-direita e de apoiar um país atrasado que luta contra o imperialismo. Logo que começou a ação militar da Rússia contra o imperialismo instalado na Ucrânia, os militantes do PCO chamaram atos em diversas cidades em apoio aos russos. O ato em São Paulo, por exemplo, ocorreu em frente ao Consulado Russo. O prédio é localizado numa região de difícil acesso da cidade, mas isso não impediu centenas de pessoas de comparecerem à atividade e demonstrarem seu apoio à investida contra o imperialismo. No Rio de Janeiro, o ato foi tão combativo que teve até porrada no MBL.
No que diz respeito ao ato contra a ditadura militar, foi o mesmo. O PCO realizou um importante ato na Avenida Paulista, debaixo de chuva, marcando claramente sua posição contra a celebração do golpe militar defendida pela direita, enquanto a esquerda pequeno-burguesa se recusou a fazer qualquer coisa. O ato foi fundamental para demonstrar para toda a direita que há um setor da população disposto a se enfrentar com quem ameaça o povo brasileiro.
Nessa toada, o Partido da Causa Operária vem mostrando que comparece nos momentos em que a esquerda pequeno-burguesa vacila. É por isso que o partido cresce a olhos vistos, enquanto os outros seguem em processo de desintegração e de desorientação política. Nesse momento, a campanha de filiação do Partido foi expandida por mais alguns dias. Convidamos todos a virem para o PCO participar das lutas que a esquerda apavorada não tem coragem de levar adiante. Filie-se ao Partido da luta contra o golpe, contra a direita e contra o imperialismo!