Relatos repassados ao jornal imperialista Washington Post, lideranças do exército ucraniano colocam que metade do contingente desapareceu, entre deserdados, mortos e feridos. A continuar essa situação, onde o exército ucraniano é usado de bucha de ganhão, aprofunda-se a crise no interior do exército.
Ao mesmo tempo, há a decisão do governo e dos tribunais ingleses de deportar para os Estados Unidos o jornalista Julian Assange, que apenas deu publicidade a documentos que comprovavam crimes cometidos pelo governo dos Estados Unidos em guerras anteriores. Ao exercer o direito da liberdade de imprensa, Assange está sendo tratado como um criminoso por todo o imperialismo, mostrando que as liberdades democráticas estão se tornando praticamente inexistentes.
Assange e a política do imperialismo contra o Brasil
Tal fato se da no mesmo momento em que o imperialismo busca se colocar como defensor da democracia contra os russos. Ao mesmo tempo em que Julian Assange pode ser condenado a cumprir 125 anos de prisão, a campanha contra as chamadas “fake news” continua a ser a base de uma dura campanha contra a liberdade de expressão.
Ao mesmo tempo, cerca de 70 organizações brasileiras, sobretudo ligadas ao PSOL, dirigiram uma suplica ao presidente dos EUA, Joe Biden, a “proteger o Brasil contra um golpe”, mostram a confusão que tomou conta da esquerda pequeno-burguesa. Sonia Guajajara é um destaque nesse sentido, já tendo pedido diretamente ao governo norte-americano uma intervenção na Amazônia brasileira.
Toda esta situação também comprova que se depender a burguesia, as eleições brasileiras estarão longe de serem simples para Lula. Um bom exemplo é o candidato de esquerda moderado na Colômbia, que estava sendo colocado como vitorioso agora aparece perdendo para a extrema-direita, um recado direto às eleições brasileiras e contra Lula. Este problema foi também demonstrado com a recente campanha de que Lula estaria ligado ao PCC, uma relação sem qualquer sentido, porém, que no entanto está se tornando a nova campanha da burguesia contra Lula.
A campanha contra Lula
Para estes jornais da burguesia não há “fake news”, apenas a mais pura mentira descarada, revelando a suja campanha que está por vir contra a candidatura de Lula. Sem uma atitude combativa o golpe irá busca destruir a força a candidatura da esquerda e dos trabalhadores, se fazendo necessário uma ampla campanha contra estas calunias e contra a campanha da burguesia. Toda esta manobra serve ainda para buscar alavancar a candidatura da terceira-via, que pretende-se ser lançada no último momento, como a alternativa “democrática” à Lula e Bolsonaro.
Outra questão importante neste processo é o ataque da esquerda pequeno-burguesa contra Lula. Jones Manoel (PCB) apareceu na Folha de São Paulo deixando claro que a pseudo-popularidade do pré-candidato deve-se a sua política anti-Lula. Jones Manoel afirmou que Lula sequer é de esquerda, servindo a favorecer apenas a política da terceira-via em um momento crucial.
Segundo ele, Lula seria igual Fernando Henrique Cardoso, os mesmos argumentos utilizados quando Jones Manoel e o PCB apoiaram o golpe contra a Dilma. Ao contrário do PCO, que é comparado com bolsonaristas e classificados como “extremistas de esquerda”, o “revolucionário” Jones Manoel aparece como a alternativa da Folha de São Paulo ao “direitista” Lula.
A ditadura do STF contra o PCO
Em meio a esta situação, os ataques contra o PCO aumentam após a ação do STF contra o partido. Na última semana, Rui Costa Pimenta prestou depoimento à Polícia Federal, e até o momento não foi disponibilizado todo o despacho emitido pelo STF no chamado “inquérito das Fake News”. O processo tramita assim em segredo jurídico, não permitindo ninguém saber o que de fato está sendo julgado.
No depoimento, o partido explicou que não há nenhum embasamento a ideia de “ataque às instituições”, mas sim uma ação política, de extinção do Supremo Tribunal Federal. Um fato totalmente amparado pela Constituição Federal. O partido não prega a extinção por meio da força do STF, no entanto, mesmo as supostas declarações “criminosas” dos bolsonaristas, não há qualquer delito cometido.
Além disso, o uso repetido do termo “ataque”, é ambíguo propositalmente. O “ataque verbal”, “ataque de ideais”, nada mais é que uma crítica. O STF se utiliza disso para tentar mascar a ação completamente ditatorial contra o partido e toda a população.