Dados da própria burguesia mostra que apenas 5% dos alunos matriculados no ensino médio atingiram o patamar mínimo adequado em matemática, segundo os parâmetros dela mesma, que é quem paga e instrumentaliza ideologicamente esses pseudo institutos de pesquisa. É de presumir que a situação inclusive seja bem pior, o que é o colapso do sistema educacional — coisa que a burguesia e seus financiados não admitiriam de forma nenhuma.
Usam como desculpa a pandemia, mas a situação da educação já vinha se deteriorando desde o golpe de 2016, se não antes. Apesar de alguma melhora nos governos Dilma e Lula, a situação da educação nunca foi resolvida levando em conta os interesses do povo trabalhador.
Os problemas são de toda ordem, como todos estão carecas de saber, desde a baixa dos salários dos professores até ao sistema educacional em si, que visa a criar seres inconscientes do mundo em que vivem. Mas, mesmo considerando que o modelo atual possa formar pelo menos pessoas que saibam ler e escrever, e não interpretem o que leiam, que é o que basta para a burguesia, a coisa vai mal — ou seja, o sistema atual não consegue nem formar semi analfabetos.
Se os números divulgados pelo sistema são assustadores, a solução que eles indicam é pior ainda: aulas pela internet, premiação dos melhores alunos, etc., O que realmente importa para os trabalhadores não é nem citado, que seria aumento do salário dos professores e dos trabalhadores da educação, diminuição da carga horária dos mesmos, eleição direta dos diretores, poder aos pais de alunos, professores e estudantes nas decisões das questões do interesse da comunidade escolar, é até mesmo a alteração dos horários de início e fim das aulas, isso para colocar apenas o básico.
Vemos então que a burguesia não tem nenhum interesse em melhorar a condição da educação dos alunos da classe trabalhadora. Seus filhos não estudam aqui no Brasil, e a classe média, que ainda consegue, paga escolas particulares para formar aqueles que ajudarão a manter o status quo.