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Mudanças climáticas?

A COP 27 e a manipulação dos índios brasileiros

Imperialismo financia pequeno grupo de "lideranças" indígenas para manipular seus interesses e inserir reivindicações que não são dos índios

Na última sexta-feira (18/11), foi encerrada a 27° Conferencia das Partes (COP 27) organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na cidade de Sharm Al-Sheik, no Egito, com o objetivo declarado de discutir as mudanças climáticas no planeta.

Sob a fachada de ambientalismo, o que se viu foram uma enorme demagogia diante dos povos indígenas. Na questão da proteção da Amazônia, mais uma vez se viu uma enorme farsa para beneficiar os países imperialistas, EUA e Europa, seus monopólios globais e uma tentativa de impedir o desenvolvimento econômico de países explorados.

Diante desses fatos e da farsa criada pelo imperialismo se viu uma enorme demagogia com os povos indígenas e a utilização da causa indígena para impulsionar supostas lideranças indígenas financiadas por organizações não governamentais, por embaixadas de países imperialistas e fundações privadas.

Utilização dos índios para esconder a sujeira do imperialismo

O grande destaque que os organizadores da COP 27 deram aos indígenas que foram levados e participaram da Conferência no Egito teve como objetivo esconder os financiadores da conferência e dos verdadeiros objetivos da atividade e do grande destaque a “pauta” climática.

A farsa da COP 27 foi tão grande que até mesmo a garota propaganda do imperialismo para as pautas ambientais, a ativista climática Greta Thumberg, decidiu não participar acusando a falta de participação da sociedade civil e da utilização do evento como propaganda das grandes empresas.

E para atingir seus objetivos, o imperialismo não tendo mais uma garotinha para fazer demagogia encontrou uma maneira ainda mais eficiente: usar a situação dos índios.

Em todo o evento foi colocado pelos organizadores de “mesas”, grupos de discussão, debates e permitiram até uma espécie de protesto da “bancada do cocar”, organizadas pelas índias do PSOL e do Itaú, Célia Xacriabá e Sônia Guajajara.

Duas informações revelam a manipulação dos povos indígenas brasileiros: a farsa das mudanças climática como uma pauta indígena e o grande financiamento dos responsáveis pela destruição da Amazônia e dos recursos naturais, da violência contra os índios e da situação de miséria desse setor da população.

Mudanças climáticas não é uma pauta do índio

A primeira discussão é o argumento que a pauta climática é uma reivindicação dos povos indígenas e quem circula entre os índios que vivem nas terras indígenas demarcadas, nas retomadas e nas áreas de conflito sabe que a tal das “mudanças climáticas” sequer é citada ou conhecida pelos índios.

A pauta climática é apenas colocada pelos índios apontados como “lideranças” pela imprensa capitalista, mas que são financiados por organizações não-governamentais, embaixadas de países europeus, fundações privadas (Fundação Ford, Open Society, Banco Itaú entre outras) e que possuem grande circulação na Europa e nos EUA. Tanto que foram convidados e financiados por essas organizações.

Fora esse muito restrito grupo de índios, a esmagadora maioria dos índios do Brasil tem outras reivindicações. São reivindicações de demarcações de terra, direito de produzir e trabalhar, estudar, acesso a internet, universidade, água e energia elétrica e até mesmo exploração econômica das terras indígenas, como garimpo e agricultura em maior escala.

E se alguém duvidar convido a pessoa a visitar uma área indígena e perguntar para a comunidade.

Imperialismo é responsável pela situação de miséria e massacre dos índios

Dois grandes parceiros dos índios e entusiastas da pauta climática que foram para a COP 27 são a Alemanha e a Noruega. Os bancos da Alemanha, país que quer “proteger” os indígenas e suas terras, despejaram a mesma quantidade de dinheiro em mineradoras internacionais que atuam no Brasil. Um estudo realizado pelo Observatório da Mineração mostrou que os bancos Commerzbank, Deutsche Bank e DZ Bank investiram mais de 1 bilhão de dólares em mineradoras brasileiras.

Outro grande parceiro a Amazônia e do índio é a Noruega. O geografo norueguês Torkjell Leira, escreveu um livro sobre a atuação ambígua da Noruega na Amazônia e em entrevista ao portal O Eco disse que “Entre 2009 e 2019, investimos 8 bilhões de coroas norueguesas (R$4,8 bilhões) em ações de proteção à floresta e aos direitos indígenas. Esses investimentos se deram principalmente por meio do Fundo Amazônia, mas também por meio da Embaixada Norueguesa em Brasília e organizações não-governamentais como a Rainforest Foundation. Por outro lado, investimos mais de 40 bilhões de coroas norueguesas (R$24 bilhões) em atividades que ajudam a destruir a floresta. A maior parte, no setor de mineração”.

Um levantamento realizado em 2021 sobre os conflitos no ano anterior na publicação Mapa de Conflitos da Mineração 2020 revelou os números dos conflitos relacionados a mineração no Brasil e provou que os garimpeiros passam longe de serem os vilões. As grandes mineradoras internacionais são apontadas como as principais “violadoras” em 48,7%.

O exemplo das mineradoras e do conflito é apenas um pequeno exemplo. Ou seja, quem mais ataca os direitos indígenas e destrói a Amazônia brasileira é o imperialismo.

Por um movimento indígena que não seja financiada pelas ONG`s e pelo imperialismo

A transformação do movimento indígena de luta em “animadores” de encontros, de pautas importadas dos países colonialistas como a ambiental, de luta apenas nas instituições que atacam os índios como STF e a justiça, e de interesses imperialistas é o recebimento de dinheiro das ONG`s ligadas aos países europeus e dos EUA e das fundações privadas.

Esse financiamento está ligado a uma tentativa de não mobilizar os indígenas e manipular essa população pobre e oprimida para interesses estrangeiros e da classe média ambientalista. O movimento indígena não deve participar e nem servir para limpar a “barra” dos países imperialistas e das grandes empresas.

É preciso independência dessas supostas lideranças indígenas ligadas ao imperialismo para que o movimento avancem, não somente nas demarcações, mas na melhoria de vida e das condições materiais das aldeias e dos índios.

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