O Ministério da Defesa da Rússia informou ontem (13), que mais de mil fuzileiros navais ucranianos teriam se rendido e que, entre esses fuzileiros, havia cerca de 162 oficiais da marinha, ou seja, militares de alta e média patentes. A tropa rendida combatia na cidade portuária de Mariupol, que tem importância central no conflito, já que permite o acesso ao Mar de Arzov e liga a região da Crimeia, – região separatista de maioria russa e reconhecida pelo governo russo -, à Rússia.
O fato representa concretamente um avanço militar russo no conflito, impondo mais uma derrota ao imperialismo, que agoniza tentando camuflar sua derrota com acusações banais no jogo da guerra.
A imprensa burguesa, atuando no sentido de esconder a humilhante derrota do imperialismo, tenta criar uma narrativa de criminalização da Rússia. As denúncias da burguesia não vão além de questões morais como supostos “crimes de guerra” cometidos pelos russos, levantadas em cima de fatos absolutamente distorcidos. Para quem vem acompanhando as denúncias deste diário, pôde ter a dimensão da manipulação dos EUA em relação à narrativa da guerra, como quando a imprensa imperialista tenta empurrar goela abaixo uma sensibilização forçada ao mundo em torno das ações de Putin. A ideia é despolitizar o debate em torno da guerra, enterrando as relações entre OTAN e os golpistas apoiadores do nazismo na Ucrânia.
Na última segunda-feira (11), a página oficial dos fuzileiros navais ucranianos publicou que a tropa estava quase sem munições e que sua batalha final havia chegado. Mais tarde, a informação foi desmentida por autoridades ucranianas de Mariupol que alegavam que a página teria sido hackeada e que, em verdade, as tropas teriam apenas se deslocado. Isto é, teriam recuado?
Sobre a mensagem, há uma série de evidências concretas que apontam para o sentido de que ela é legítima. A cidade de Mariupol está absolutamente cercada pelo exército russo, pois, como já se sabe, sua anexação sempre foi um dos principais interesses da Rússia. Para se somar a este fato, Volodimir Zelensky está visitando parlamentos europeus e, por discursos, pedindo ajuda bélica dos países “aliados”, além de também utilizar a imprensa imperialista para solicitar apoio bélico, o que não fica tão exposto, para não ficar feio para a imprensa “humanitária” da burguesia.
Em mais uma declaração absolutamente desastrosa, Zelensky diz que a “guerra se tornará banho de sangue sem fim se não mandarem mais armas”. Nesse mesmo sentido, podemos questinar: e o banho de sangue sem fim será poupado com a Ucrânia recebendo mais armamento? Enfim, as forças militares ucranianas estão enfraquecidas e o exército russo avança para a vitória, sendo a mensagem mais um sinal disso.
Junto a isso, a vice-primeira-ministra Irina Verechchuk declarou através de um aplicativo de mensagens que há ainda cerca de 100 mil civis para serem retirados da cidade, mas que, por conta das ações russas, não teve condições ainda de criar um cordão sanitário para evacuação. Diante desse contexto, é preciso questionar se a prioridade do governo é defender a população ucraniana visto que, se não retirada, ela estaria servindo de escudo contra os russos. O que seria uma possibilidade concreta já que há diversas denúncias de que a população está sendo impedida de sair da Ucrânia, ou seja, sendo utilizada como ferramenta de chantagem. Sobretudo os negros, em denúncias de diversos portais progressistas.
Para fortalecer as possibilidades de que o governo da direita na Ucrânia está utilizando a população como escudo, podemos destacar o suposto ataque russo a um teatro na cidade de Mariupol. Segundo a imprensa imperialista, o teatro servia de abrigo para cerca de 300 civis, que se protegiam do conflito. Apesar das autoridades de Moscou informarem que seus alvos não são civis, é válido questionar: qual seria a utilidade de bombardear um teatro? Por que Putin atacaria a população civil de Mariupol, que é majoritariamente russa? Desde o início do conflito os russos se mostraram muito objetivos em seus alvos atacando bases militares, aeroportos, torres de comunicação e demais estruturas que sustentariam uma provável defesa militar dos nazistas-ucranianos. Tudo isso levanta, sim, a possibilidade de que batalhões nazistas como o de Arzov tenham atirado contra a própria população.
Os EUA usam a Ucrânia e sua população como bucha de canhão para desgastar a imagem dos russos no mundo, contudo, é importante perceber que isso é um claro sintoma de fraqueza do imperialismo. Ao invés de grandes tubarões capitalistas, o que seriam representantes do imperialismo, a Ucrânia vem recebendo visitas como a de Boris Johnson, primeiro-ministro de uma Inglaterra decadente, e os presidentes de pequenas economias europeias como da Polônia, da Lituânia, da Letônia e da Estônia. Se a ajuda que Zelensky está recebendo é de países sem expressão no jogo imperialista, isso é um reflexo de que os EUA e os interesses imperialistas estão sofrendo dura derrota para os russos.
Portanto, é possível compreender que a imprensa imperialista está manipulando as informações do conflito e jogando com a população ocidental, tentando mobilizar pressões morais contra os russos. Não é difícil perceber que a vitória da Rússia está se concretizando, visto que seu exército avança.





