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Referendo

Ossétia do sul, na Georgia, pensa em unificação com a Rússia

A República da Ossétia do Sul se declarou independente da Geórgia em dezembro de 1991 e é reconhecida pela Rússia desde 2008

─ Brasil 247 ─ Um referendo sobre a adesão da Ossétia do Sul à Rússia vai ser realizado após a eleição presidencial na região em 10 de abril. A Ossétia do Sul é uma região do Cáucaso, atualmente localizada na Geórgia, na fronteira com a Rússia.

A República da Ossétia do Sul — Estado da Alânia se declarou independente da Geórgia em dezembro de 1991, frente à dissolução da União Soviética — da qual a Geórgia fazia parte — e a um conflito entre as forças da região e o governo federal. As principais línguas do país são o osseto e o russo.

A maior parte da comunidade internacional não reconhece a independência do país, mas o governo russo admite a soberania da região desde 2008, já então sob a era Vladimir Putin. Além da Rússia, a independência do país é reconhecida pela Nicarágua, a Venezuela, a Síria e a República de Nauru, além de diversas outras regiões independentistas (parcialmente reconhecidas ou não, como a Transnístria, localizada na Moldávia).

Segundo o atual presidente da república, Anatoly Bibilov, o objetivo estratégico da Ossétia do Sul é se juntar à Rússia. “Nosso caminho. As aspirações do povo. E seguiremos esse caminho. Tomaremos as medidas legais apropriadas em um futuro próximo”, disse Bibilov.

O senador russo Andrei Klimov destacou essa semana que não há obstáculos legais para realizar o sonho de longa data dos habitantes da Ossétia do Sul de se tornar parte do país. Ele acrescentou que as leis da Federação Russa prevêem o procedimento para a admissão de estados na Rússia. Para isso o povo da Ossétia precisa expressar sua vontade por meio de um referendo.

Frente ao reconhecimento de Putin à independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, diversos cidadãos da Ossétia do Sul saíram às ruas para comemorar a decisão, percebendo um cenário positivo para sua própria luta pela independência. A decisão do governo russo precedeu em alguns dias o início da operação militar na Ucrânia.

A operação militar russa na Ucrânia foi exigida pelos governos de Donetsk e Lugansk, que pediram apoio frente ao avanço constante de tropas de Kiev contra as repúblicas separatistas. Desde então, as forças armadas russas e as milícias separatistas têm atuado em conjunto contra as forças armadas ucranianas e suas milícias nazistas na região de Donbass.

No dia 26 de março, o presidente da Ossétia do Sul, Anatoly Bibilov, anunciou que tropas da região estavam indo para Donbass para participar de uma operação especial. “Nossos homens vão cumprir seu dever militar com uma bandeira orgulhosamente erguida”, disse. Em imagens divulgadas pela imprensa russa, viam-se bandeiras da Ossétia e também da Rússia.

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