Em uma live em 29 de abril, o presidente Bolsonaro anuncia que faria uma visita a um pelotão de fronteira do exército(PEF), conversar com indígenas e pousar num garimpo ilegal, e voltou a defender a regularização da atividade.
Os Yanomâmis foram informados pela 5ª PEF, próxima a comunidade Maturacá e não foi bem recebida pelas lideranças locais que redigiram uma carta em repúdio à visita do presidente ao território Yanomami. Entendem que a visita é para tentar acordar a legalização da mineração em suas terras, e que não se interessam.
Ainda exigem que o governo faça fiscalização constante nos territórios já demarcados e no entorno, e de expulsar os invasores para garantir a saúde da comunidade. Que destine mais recursos para a saúde indígena que passa por falta de medicamentos e pessoal para atendimento.
A decisão foi tomada de acordo com a política tradicional Yanomami, que é ouvido todo o coletivo, e assim deve ser respeitada pelo governo.
Também denunciam no documento as ações truculentas da 5ª PEF e das moradias dos militares construídas fora da área da base do exército.
Recentemente a imprensa noticiou a morte de uma criança yanomami por quadro de desnutrição. Em campanha eleitoral, o presidente anunciou que não iria homologar mais nenhuma demarcação de terra indígena, e até agora não foi regularizada nenhuma , contrariamente ao que diz a constituição.
O Território Yanomami fica próximo ao Pico da Neblina e da fronteira com a Venezuela e é constantemente atacado por garimpeiros armados. Possivelmente esta localização de fronteira é que fez com que o presidente tomasse essa decisão, afinal ele disse que bem fez a cavalaria americana que dizimou todos os índios.