Com o resultado das últimas pesquisas eleitorais sendo revelado, setores da esquerda brasileira já passaram a dar como garantida a vitória do ex-presidente Lula nas eleições de 2022. No entanto, se este setor pensa que o futuro já está dado, o mesmo não pode ser dito para o golpe que a burguesia brasileira prepara contra Lula e o PT, em conjunto, mais uma vez, com o imperialismo.
A campanha contra a corrupção e em defesa da terceira via já foi lançada, tendo como um dos principais candidatos Sérgio Moro, considerado como o “anti-Lula”. Nesta operação, os ataques contra Lula e sua candidatura foram retomados com força, inclusive sendo levantada pela imprensa burguesa a possibilidade ilegal da retomada dos processos judiciais, que impediram, por meio da fraude, a participação de Lula em 2018.
Além disso, a burguesia visa inflar a candidatura de Geraldo Alckmin a vice de Lula, como forma de destruir por dentro sua candidatura. Ao contrário do que pensam os “pragmáticos” da ala direita do PT, a vice-candidatura de Alckmin é na realidade um golpe contra Lula e o Partido dos Trabalhadores. Sendo papel da mesma retirar votos de Lula, como também servir como ponte, caso Lula seja eleito, para um novo golpe de estado.
Alckmin é o novo Temer, como já notaram diversos setores de base da esquerda brasileira, como não bastasse isso, prepara-se também por parte do imperialismo uma grande onda de perseguição política, com a chamada “Lava Jato” internacional.
Contudo, um destaque para toda esta operação está na figura de Guilherme Boulos e seu partido, o PSOL. Ambos vêm cumprindo um papel de certa relevância na esquerda desde o início da operação golpista contra Dilma. Tendo apoiado, na prática, a derrubada do governo do PT e boicotado a candidatura petista em 2018, em plena prisão de Lula, Boulos e o PSOL agora buscam retirar votos do PT nas principais cidades do país.
O principal destaque está em São Paulo, onde a candidatura de Guilherme Boulos visa retirar votos de Fernando Haddad, também candidato ao governo do estado. Esta manobra tem como intenção retirar a possibilidade do Partido dos Trabalhadores ter o controle do principal estado da federação, como também enfraquecer a nível nacional a campanha do ex-presidente Lula em 2022.
PSOL e Boulos afirmaram que veem esta operação de boicote ao PT como uma mera divergência de programas políticos. No entanto, decidiram se aliar com figuras do golpe de estado, impulsionando os ataques feitos à candidatura petista.
O golpe que está em marcha contra Lula possui diversas facetas, e dentro da esquerda brasileira o imperialismo faz de Guilherme Boulos e o PSOL um verdadeiro Cavalo de Tróia, retirando votos do PT e atacando a candidatura de Lula.