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Caça às bruxas

Vacinas sim, fascismo não

A vacina protege você, e não seu vizinho

sputnik v argentina

A Argentina tem 52% de sua população vacinada contra Covid. Lá, eles estão aplicando diversas vacinas, inclusive a Sputnik V, a vacina russa que a Anvisa bolsonarista recusou, obedecendo a ordens de Washington. O resultado é excelente, como podemos ver no gráfico acima.

O PCO foi dos primeiros a levantar a palavra de ordem vacina para todos. Isso foi corretíssimo, pois a vacina funciona. Ela de fato imuniza as pessoas contra o vírus. Porém, a burguesia quer que você acredite na seguinte tese: a vacina protege você contra o vírus, mas não contra os não-vacinados. Essa tese é ilógica. O que o não-vacinado pode transmitir a você é o vírus, e não alguma má energia vinda do Umbral. É o vírus, repito.

Se a vacina protege você contra o vírus – e, sim, ela protege! – então você fez bem em tomar a vacina, pois o vírus está no ar. Aqui em Sampa, durante toda a pandemia, os ônibus, trens e o metrô têm circulado superlotados nos horários de pico. As pessoas viajam espremidas, nariz com nariz. Aliás, logo no início da pandemia o governador “científico” Doria reduziu (REDUZIU) os trens e composições do metrô e o falecido prefeito “científico” Bruno Covas reduziu (REDUZIU) a circulação de ônibus. Então, para o trabalhador, o contato com o vírus é muito provável. Temos que agradecer ao PSDB “científico” por esse “presente”.

O que os especialistas dizem é que todos nós seremos expostos ao vírus da covid 19 mais cedo ou mais tarde. Abaixo, registro a opinião de diversos especialistas entrevistados pelo ativista de esquerda Jimmy Dore.

Dr. Andrew Noymer, epidemiologista dos EUA, disse:

A ideia de que nós vamos viver nossas vidas sem jamais o contrair é uma fantasia – e uma fantasia perigosa”. “Muitas pessoas simplesmente não entendem isso. Nós todos vamos contrair o vírus.

Por que ele diz que é uma fantasia perigosa? Porque há a crença de que o vírus desaparecerá. E isso incentiva os não-vacinados a manter sua posição. Afinal, pensam eles, o vírus vai desaparecer e eu não precisarei me vacinar.

Ocorre o mesmo com muitas outras doenças, como por exemplo a herpes labial. Segundo a OMS, em 2016 3,7 bilhões de seres humanos tinham o vírus da herpes labial. Mas a maioria nunca apresenta sintomas, exceto em situações de redução das defesas imunológicas, como stress excessivo.

Por isso é importante que você se vacine. Não o seu vizinho. Não o seu colega de trabalho. Você. Os outros são os outros, eles têm o direito de correr o risco. Se você não quer correr riscos, basta se vacinar, de preferência com 3 doses.

Vacinados ou não vacinados terão contato com o vírus. A diferença é que a vacina nos imuniza, algumas mais, outras menos.

Dr. Jorge Salinas, um destacado infectologista da Universidade de Stanford disse:

Agora há um crescente consenso de que haverá algum nível de transmissão desse vírus ativo e inativo num futuro previsível. Nós deveríamos ter meios para fazer os níveis baixarem para um índice administrável, com alguns aumentos sazonais, mas este vírus provavelmente não desaparecerá.

O mesmo ocorre com o vírus da gripe.

Dr. Monica Gandhi é formada em medicina em Harvard e atualmente ocupa cargo de diretora na Universidade da Califórnia. Segundo ela:

Delta é uma variante muito transmissível da covid19, ela se espalha logo e é difícil de conter.” “Eu penso que nós todos seremos expostos à variante delta em algum momento.

Pelo menos para os vacinados, exposição e infecção não significa doença severa.

Para aqueles que estão vacinados, isso irá provavelmente ampliar sua resposta imune.

Dr. Bruce Patterson, virologista experiente, está entre os experts em virologia e doenças infecciosas que acredita que a covid se tornará endêmica – o que significa que ela circulará indefinidamente, como a gripe comum. A Covid “continuará afetando a população global indefinidamente, embora com menos transmissão, menos hospitalização”, disse ele.

A própria OMS (Organização Mundial de Saúde) avalia que a covid não será extinta. Numa conferência de imprensa, os dirigentes da OMS disseram que a Covid não será erradicada mesmo com vacinação em massa. Aqui o link para essa notícia:

https://thehill.com/changing-america/well-being/longevity/571155-covid-19-wont-be-eradicated-who

Até mesmo o dr. Andy Slavitt, médico responsável pelo combate à Covid no governo Biden tuitou:

Dado o índice de contágio e a nossa capacidade de derrotar futuras mutações, isso significa que a SARS-Cov-2 será contagiosa o suficiente para que todo mundo contraia o vírus.

Sou anti-Biden. Coloquei a opinião desse médico que faz parte da equipe do presidente para o caso de você, leitor, ser um dos que deram pulinhos de alegria pequeno-burguesa quando Biden foi eleito. Biden é mais direitista do que o Trump. Mas o médico responsável pelo controle da Covid nos EUA parece ser um pouco mais honesto. Não acredite em mim, acredite no dr. Andy Slavitt.

Mas, voltando à questão levantada antes: afinal, a vacina protege contra covid ou não protege? Sim, ela protege. Portanto, num contato entre uma pessoa vacinada e uma não vacinada, é a pessoa não vacinada que corre risco. O não-vacinado não oferece grande risco aos vacinados, pois eles estão… vacinados.

Querem nos vender a ideia de que a vacina não funciona a não ser que todos estejam vacinados. Isso não é verdade. A vacina protege do vírus a pessoa que tomou a vacina. Mesmo que ela entre em contato com o vírus, ela terá sintomas leves, ou talvez nenhum sintoma. O gráfico que encima este artigo mostra que mesmo a Argentina, com pouco mais de 50% de vacinados, está reduzindo drasticamente os novos casos de Covid.

Quanto aos não vacinados, a decisão é por conta e risco deles. E só deles. Você não tem que exigir nada deles, assim como eles não têm que exigir nada de você. O corpo é assunto pessoal de cada um.

Por isso o ativista Jimmy Dore é contra o tal passaporte da vacina. Esses depoimentos que coloquei aqui estão em vídeos dele na plataforma Rokfin, e não no YouTube, pois o YouTube tem censura.

Aqui no Brasil, o STF acaba de derrubar a portaria que impedia os patrões de demitirem sumariamente os trabalhadores não vacinados. Ou seja, está autorizada a caça às bruxas. E a esquerda, em ampla maioria, concorda com isso. A esquerda está dando de presente ao capitão o argumento de que nós, da esquerda, queremos demitir trabalhadores no meio de uma grave crise econômica. Aliás, a portaria tinha uma solução: os patrões teriam a incumbência de testar regularmente os trabalhadores. Os que fossem testados como positivo seriam colocados em quarentena. Mas a esquerda pequeno-burguesa, junto com o STF, quer que o trabalhador não-vacinado seja colocado no olho da rua.

Quero registrar que os médicos homeopatas da linha unicista são contra qualquer vacina. Eles não são bolsonaristas. Aliás, em geral são bem melhores do que aqueles médicos que hostilizaram o programa Mais Médicos. Conheço pessoalmente um desses profissionais homeopatas. Ele nunca tomou nenhuma vacina. Agora, já com mais de 60 anos, provavelmente viverá até o fim sem vacina alguma. Podemos discordar. O que não podemos é obrigá-lo a tomar vacina pois, repito, o corpo de cada um é assunto pessoal.

Na Europa, os sindicatos da esquerda estão fazendo uma campanha muito importante contra o passaporte sanitário. A esquerda europeia não é lá grande coisa, mas comparada com a maioria da esquerda brasileira, parece até ser formada por revolucionários. Ser melhor que a esquerda tupiniquim não é um grande mérito.

A política correta em relação à vacina seria uma campanha educativa feita nas fábricas, escolas e hospitais. Seria mais ou menos como a campanha permanente contra o cigarro, com a diferença de que haveria testes de Covid regulares. Mesmo com toda a campanha anti-tabaco, muitos ainda fumam. O mesmo ocorrerá com a questão da vacina, muitos se manterão renitentes. Pelo menos, os anti-vacina não representam perigo para os que estão vacinados, enquanto os fumantes prejudicam suas famílias ao expô-los à fumaça.

Se você ficou com dúvida sobre o exposto, releia o artigo, veja de novo a opinião dos especialistas. Não acredite na mídia burguesa, pois ela reflete os interesses dos grandes laboratórios. E os grandes laboratórios só pensam naquilo: lucro. Eles não se importam com o bem-estar e a saúde da população.

A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a posição deste Diário.

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