Colômbia

Time é obrigado a jogar com 7 jogadores após surto de Covid

A pandemia segue e os campeonatos de futebol mundo afora também. Além de contribuir para o avanço das infecções, os "campeonatos de covid" geram situações bizarras como essas.

A partida entre Boyacá Chicó e Águilas Doradas pelo Campeonato Colombiano foi um retrato da loucura que é a manutenção dos campeonatos de futebol durante a pandemia. Após um grave surto de covid-19 no clube, o Águilas Doradas entrou em campo com apenas sete jogadores, sem reservas e com um goleiro improvisado na zaga. Uma situação absurda.

Após resistir o primeiro tempo sem tomar gols, o Águilas sofreu três gols seguidos e ainda perdeu um jogador por lesão aos 34 do segundo tempo. Com isso, o time não contava com o número mínimo de jogadores exigido pelo regulamento e a partida foi interrompida com o placar de 3 X 0 para o Boyacá. Para se ter uma ideia do que foi esse jogo, o time que jogou completo teve nada menos do que 88% de posse de bola e finalizou 27 vezes contra apenas 2 do Águilas.

Foram 18 casos de covid-19 no clube, incluindo 14 jogadores, além do próprio médico do Águilas Doradas. Somando a esse quadro que sete jogadores já estavam afastados por lesões, o clube declarou situação de emergência e ingressou com um pedido de adiamento da partida, que foi sumariamente negado pela Dimayor, entidade máxima do futebol profissional colombiano. Aliás, um dos sete jogadores liberados para a partida havia testado positivo mas foi liberado por já ter sido infectado antes, mostrando uma infeliz coincidência com os critérios da CBF aqui. Diante das novas variantes, esse tipo de “protocolo” é um disparate.

Os protocolos, aliás, tão exaltados na preparação do retorno dos campeonatos, já viraram motivo de piada. Papagaios do imperialismo chegaram ao ridículo de elogiar que europeus estavam sendo exemplares, pois evitavam abraços nas comemorações dos gols. Um gracejo que durou muito pouco e que obviamente não teve impacto nenhum na transmissão de covid durante os jogos, pois o futebol é um esporte de contato.

Com o passar do tempo, os protocolos foram ficando cada vez mais frouxos e os inúmeros surtos de infecção em diversos clubes deixam claro que é impossível manter um controle rígido da pandemia mantendo em andamento os campeonatos. O mero fato de manter as torcidas de fora dos estádios não é suficiente para conter as transmissões de covid e ainda retira uma característica fundamental do esporte. O silễncio de cemitério nos estádios acaba sendo uma “trilha sonora” adequada para o alastramento da pandemia.

Antes da derrota, em comunicado oficial, o Águilas Doradas protestou contra a manutenção do jogo. No documento, o clube argumenta que entraria em campo para evitar sansões da Dimayor, mas alerta que com isso a Colômbia seria “tristemente célebre” em nível mundial.

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