Os trabalhadores rodoviários de Teresina PI decidiram, em assembleia nessa quarta-feira (24), manter a greve por tempo indeterminado, que já dura 20 dias, contra a intransigência dos patrões que insistem em não pagar os salários devidos aos trabalhadores, vale alimentação, pela renovação da convenção coletiva de trabalho e para que os donos das empresas deem melhores condições de trabalho para a categoria.
As empresas consorciadas, que prestam serviços para a capital piauiense insistem em passar por cima dos direitos dos trabalhadores, com a cínica justificativa de “problemas” financeiros enfrentados pelas empresas.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Estado Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, afirma que não conseguiu ainda um acordo com as empresas: “sentamos agora à tarde apenas com as comissões de dois consórcios, mas a conversão não evoluiu. A situação de greve continua”. (Site GP1 24/02/2021)
A conversa fiada dos cartéis de empresas, que controlam os transportes públicos nas cidades, de “problemas financeiros” não são de hoje. Para que esses parasitas, tal golpe é o método utilizado para que possam aumentar, ainda mais, os seus lucros na tentativa de forçar o reajuste das passagens e do aumento da transferência de recursos do estado para os capitalistas. Se não é assim, porque não apresentam as planilhas de custos, quando solicitado pelas direções sindicais?
O movimento grevista dos rodoviários já mostrou a sua força quando colocou na parede a prefeitura do golpista Firmino Filho (PSDB) que, através de um acordo, irá transferir R$ 1,5 milhão aos motoristas e cobradores com o objetivo de restabelecimento dos valores devidos à categoria.
Nesse sentido, para barrar a jogatina entre empresários e seus representantes nos governos que, sistematicamente sacrificam os trabalhadores e a população em geral para beneficiar meia dúzia de parasitas, é necessário intensificar a luta dos motoristas e cobradores com a greve e se necessário ocupar as garagens até que as suas reivindicações sejam atendidas. Além disso é preciso organizar uma luta geral que tenha como objetivo a luta pela estatização os serviços públicos de transporte, serviços esses que são tratados como mercadoria e não como um serviço essencial para toda a população.
Fazer com que a prefeitura, que é gestora dos contratos de concessão, tome para si a operação, sob o controle dos trabalhadores, dado que os transportes são um direito social, e absorva todos os trabalhadores como servidores municipais.