A GM Junger Diamond Company Service Ltda., empresa terceirizada na maior refinaria do País, a Replan (refinaria de Paulínia), depois de vencer a licitação, dois meses atrás, para assumir a responsabilidade de apoio ao laboratório, limpeza e manutenção predial e áreas verdes, ainda não pagou os salários dos seus 115 funcionários. Ou seja, os trabalhadores estão 60 dias sem pagamento. Além disso, a empresa vem dando calote em relação ao pagamento do refeitório, do transporte e aluguel do carro responsável pelo deslocamento dos seus funcionários dentro da Replan e, até o momento, não forneceu os equipamentos de trabalho necessários para as atividades pela qual é responsável.
Os trabalhadores da terceirizada diante dos ataques dos patrões, em condições ainda mais desfavoráveis já que geralmente os sindicatos de trabalhadores de empresas terceirizados estão no bolso dos patrões, procuraram o Sindipetro-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Petrobrás) para que a entidade interviesse ao seu favor. Segundo informações do Sindipetro, “a área responsável pela fiscalização do contrato da Replan relatou que já havia entrado em contato com a empresa terceirizada há vários dias, para que os salários e o trabalho contratado fossem garantidos”. Além disso, informou que havia retido parte da verba do contrato até que toda a situação fosse normalizada.
O Sindipetro-SP, por sua vez, pediu que esse dinheiro fosse depositado diretamente aos trabalhadores em caráter de urgência, com o objetivo de garantir todos os direitos trabalhistas negados até o momento.
Mesmo com a promessa, a Replan já está efetuando o rompimento do contrato com a GM e preparando um novo contrato com a empresa que ficou em segundo lugar nas respectivas licitações.
Esse é mais um, dentre tantos outros casos, que acontece todos os dias, uma malandragem típica dos capitalistas para se favorecerem às custas da miséria do trabalhador.
A terceirização é uma forma jurídica e política encontrada pelos patrões para atacar, ao mesmo tempo, o valor da força de trabalho e a organização sindical dos trabalhadores, com vistas a diminuir ainda mais a sua capacidade de barganha.
Os funcionários das empresas terceirizadas são tratados pelos patrões como verdadeiros escravos, digno dos tempos da senzala. Segundo a política dos patrões, os servidores estão ali é porque aceitaram o quer der e vier e, ai daquele que reclamar, estará imediatamente no olho da rua.
É preciso dar um basta a está situação de escravidão que as empresas controladoras realizam através das empresas terceirizadas, e fazer com que cada trabalhador compreenda que os ataques aos terceirizados é um esquema patronal para beneficiar meia dúzia de parasitas capitalistas.
Em tempos de golpe de Estado e da gigantesca crise capitalistas que se gravou com a pandemia do coronavírus, os trabalhadores não devem ter ilusão de que, a depender dos patrões e seus representantes nas instituições do Estado, terão os seus direitos e conquistas preservados. Somente uma gigantesca mobilização dos trabalhadores, através dos seus métodos tradicionais de luta, greves, ocupações, etc. irá dar um basta à ofensiva reacionária da direita golpista.





