As experiências de 2013 devem servir para a esquerda não cometer mais o mesmo erro. Naquele momento, enormes manifestações que se iniciaram contra o governo tucano de Geraldo Alckmin em São Paulo, foram sequestradas pela direita. A maneira como fizeram isso foi introduzir grupos de fascistas para obrigar a esquerda a abaixar suas bandeiras vermelhas.
A burguesia enviou seus grupos de choque fascistas que gritavam “abaixa a bandeira”, “p* que pariu, abaixa essa bandeira e levanta a do Brasil”, “Fora PT” ou “a nossa bandeira jamais será vermelha” para acabarem com as gigantescas manifestações. O verde e amarelo todos já sabem onde deu. Os maiores inimigos do povo brasileiro e das riquezas nacionais se escondem atrás dessas cores. São os fascistas responsáveis pela desgraça atual do País.
Dessa vez, os manifestantes não devem permitir nenhuma sombra desse tipo de manifestação fascista.
A direita está procurando uma maneira de repetir o que fez em 2013. Começou a aparecer na imprensa golpista a defesa cínica de que os atos deveriam ser “cívicos”, ou seja, não ser de esquerda. Esse cinismo serve para preparar o caminho para o sequestro das manifestações. Mas dessa vez a esquerda deve estar preparada e impedir que isso aconteça.
Qualquer tentativa de calar ou censurar a esquerda, suas bandeiras, faixas e palavras de ordem, deve contar com a reação violenta dos manifestantes. As mobilizações que tomaram conta do País no dia 29 de maio e que vão ocupar as ruas neste dia 19 de junho são populares, são manifestações da esquerda, ou seja, dos partidos de esquerda, das organizações populares e estudantis e sindicatos.
É preciso falar abertamente que a presença de qualquer manifestação de tipo verde-amarelista, ou seja, que seja hostil à esquerda, será duramente combatida no ato. Qualquer grupo desse tipo, como os que foram infiltrados em 2013, deve ser violentamente escorraçado dos atos.
Como diz a palavra de ordem entoada com a bateria Zumbi dos Palmares nos atos: “se pintar fascista, a porrada vai comer!”.