O genocídio do povo na pandemia vem se ampliando com a medida de volta às aulas sendo determinada por todo o Brasil. É o caso de Santa Catarina, no qual o governo estadual propôs a volta para as escolas presencialmente de professores, funcionários e alunos para o dia 9 de março.
Diante dessa política assassina, os professores da Rede Estadual decidiram, junto ao Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte), pela paralisação das aulas presenciais, aprovada em assembleia no dia 8 de março. Segundo a decisão, os profissionais não retornarão às escolas a partir do dia 9.
A exemplo de estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Paraíba e outros, que experimentaram um descontrole acelerado das contaminações e a absurda proposta de retorno as escolas, os professores de Santa Catarina realizarão o retorno no momento em que os casos no Estado estão subindo, observando-se o aumento nos casos de COVID -19. A categoria decidiu pela luta pela manutenção do trabalho remoto para todos.
A secretária da educação, diante da mobilização dos educadores, afirma que a paralisação é ilegal e que as escolas são ambientes seguros. Não aponta, nem remotamente, a possibilidade de vacinar a população devido a falta de imunizantes e que buscará acionar a justiça contra a decisão dos professores e de sua organização de classe.
O papel dos órgãos estatais em quase todo o país deixa clara posição política que será levada adiante: fazer nada e promover mais aglomerações em escolas totalmente sucateadas pela política neoliberal empregada no país durante anos.
Para a classe trabalhadora e todo o povo fica somente uma saída, uma luta encarniçada contra os governos assassinos.
A decisão de paralisar as atividades tomada pelos educadores de Santa Catarina é mais que acertada e a única possível. Não deve se ter por parte dos trabalhadores nenhuma dúvida ou vacilação no combate aos crimes levados a cabo pelos governos no Brasil.
As greves vêm se alastrando por várias partes, São Paulo, Paraíba, Santa Catarina e outros. Os profissionais da educação devem se organizar em uma campanha nacional, uma greve geral dos setores da educação para lutar contra o crime da volta às aulas no meio do pior momento da pandemia.
Volta às aulas presenciais somente com vacina para toda a população e com o fim da pandemia. Isso só será possível com uma grande mobilização nacional e que imponha uma derrota e o fim do governo golpista de Bolsonaro e os outros direitistas que tentam a todo o custo matar o povo de povo, desemprego, miséria e doença, e são de fato uma real ameaça a sobrevivência dos trabalhadores.