A reacionária direção do Banco imperialista espanhol Santander, determinou que, a partir do último dia 4 de outubro, as suas agências retornarão o funcionamento até às 16h.
Sem que houvesse qualquer tipo de negociação com as representações de luta dos trabalhadores bancários, mesmo constando de acordo assinado entre as partes sobre a questão do horário de funcionamento das agências, enquanto durasse a pandemia do coronavírus, os banqueiros de Santander decidiram, arbitrariamente, retornar o horário de atendimento das agências bancárias até às 16h.
Os banqueiros, de forma geral, partiram para uma ofensiva contra os trabalhadores bancários e a população quando, alegando uma “normalidade” sobre a questão da pandemia, estão retornando os seus funcionários, que hoje se encontram em trabalho remoto, ao trabalho presencial. Agora, o Banco Santander irá puxar os demais banqueiros para que as agências bancárias voltem a funcionar como antes do contingenciamento.
Os bancos, através de acordo com as representações dos trabalhadores, estabeleceram que o funcionamento das agências bancárias, enquanto durasse a pandemia, seriam em horários diferenciados, em regime de contingenciamento, com limite de pessoas no interior das agências, onde o atendimento ao público passaria a ser de 10h às 14h. Para o atendimento exclusivo para idosos, gestantes e pessoas portadores de deficiências, o atendimento é das 9h às 10h.
Acontece que, em primeiro lugar, o Santander, mas logo em seguida os demais bancos, passou a descumprir o acordo, com a volta do atendimento até às 16h, sendo que, segundo autoridades sanitárias, para que a situação volte a uma certa normalidade, 70% da população devem estar devidamente imunizadas, ou seja, com as duas doses da vacina tomadas, sendo que dados oficiais indicam que apenas 40% da população se encontram nessa situação.
A medida do Banco Santander de voltar ao funcionamento das suas agências até às 16h é mais uma demonstração do caráter fascista dos banqueiros, que, em momento nenhum, desde o começo da pandemia, se interessaram em proteger os seus funcionários e clientes. Desde o início da pandemia os patrões se negaram em executar medidas de prevenção nas dependências bancárias. Não disponibilizaram testes, máscaras apropriadas, proteção acrílica, etc. Ao contrário: as agências continuaram lotadas, tanto dentro quanto fora, o que levou um aumento da contaminação e mortes na categoria bancária. Isso sem falar na total inexistência estatística dos clientes que se contaminaram, com o simples fato de irem à uma agência bancária. Um verdadeiro absurdo.
As organizações de luta dos trabalhadores bancários devem organizar, imediatamente, uma verdadeira mobilização contra mais essa medida reacionária dos banqueiros, que terá como consequência mais contaminação e mortes dos bancários. É preciso organizar a greve de toda a categoria, contra a volta ao trabalho daqueles que hoje se encontram em trabalho remoto e pela manutenção do horário de contingenciamento até que toda a população esteja devidamente imunizada.





