O Bloco Vermelho, organizado pelas parcelas mais combativas do movimento dos trabalhadores, em resolução da plenária ocorrida nos dias 6 e 7 de novembro, decidiu pela convocação para o ato nacional por Fora Bolsonaro e Lula Presidente no dia 12 de dezembro. A chamada emerge em meio à enorme capitulação de setores da esquerda descontentes com a força que a palavra de ordem Lula Presidente tomava nas ruas e com o fracasso da infiltração direitista, combatida fortemente pelo PCO e setores do PT e CUT, resultando na enorme vaia pela massa contra Ciro Gomes e golpistas do PSDB nos últimos atos pelo Fora Bolsonaro.
O êxito em torno da campanha da unidade da esquerda operária e a política vermelha nas ruas foi assegurado graças ao enorme esforço dos quadros militantes do PCO. Diante de uma imensa campanha de capitulação levada à risca pela esquerda pequeno-burguesa diante da direita brasileira, a atividade constante e panfletária do partido impediu os massivos esforços da burguesia de liquidar a homogeneidade do Bloco Vermelho, infiltrando setores anti-operários e/ou que levavam o verde-amarelo como bandeira, em torno de um ato cívico e despolitizado; a expulsão e combate interno desses setores mostrou a todos aqueles que acompanham a atividade política, mesmo que não sejam adeptos das posições adotadas pela politica partidária, o reconhecimento e o respeito de todos setores de esquerda combativos.
O partido vê a assertiva política posta em prática, as atividades de convocação por parte de cada célula e comitês de luta, garante o financiamento popular e a agitação e propaganda intensa das massas, as vendas de jornais, pilar fundamental para a expansão da imprensa operária, se faz em todos os lugares, levando nossa política para as mãos da população, inúmeras atividades de colagem e panfletagem são realizadas para a chamada das movimentações promovidas por tal.
Nos quadros dirigentes da esquerda brasileira, nota-se a pouca, ou quase nenhuma, disposição a comunicação com as massas de trabalhadores, falas soltas em meios isolados de penetração populares se equivalem a nada, partidos antigos e grandes da esquerda mal conseguem produzir um semanário, a atuação da imprensa revolucionaria nada contra a corrente frente ao mar de confusões. Aqueles que dizem seguir a bandeira do leninismo e trabalhar para a consolidação da revolução comunista, tropeçam sobre os primeiros passos, a consolidação da imprensa operária, Lenin (1914) colocava da seguinte forma:
[…] Em nenhum lugar do mundo surgiu o movimento proletário, nem poderia ter surgido, “de uma só vez”, em uma forma de classe pura, pronta, como Minerva da cabeça de Júpiter. Somente através de uma longa luta e trabalho árduo por parte dos trabalhadores mais avançados, de todos os trabalhadores com consciência de classe, foi possível construir e fortalecer o movimento de classe do proletariado, livrando-o de todas os aditivos, restrições, estreitezas e distorções pequeno-burguesas.
A linha política de agitação e propaganda é fruto do programa marxista acerca da luta política, a mobilização de todas as esferas para o diálogo com as massas, a consolidação e participação ativa da imprensa operária e chamada para a luta é o que faz o Partido da Causa Operária garantir o seu lugar na situação política.