─ Prensa Latina ─
Moscou, 24 dez (Prensa Latina) A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse hoje que o governo ucraniano parece estar se preparando para resolver o conflito no Donbass pela força, aumentando seu orçamento de defesa em 20 por cento.
Ela observou que no Verkhovna Rada (Parlamento unicameral da Ucrânia), o Primeiro Ministro Denis Shmygal anunciou um aumento no orçamento militar para o próximo ano de quase 12 bilhões de dólares.
“São 12 bilhões de dólares para uma guerra com seus cidadãos, as mesmas pessoas de quem você tanto fala e só pensa quando assina orçamentos militares. O orçamento militar da Ucrânia aumentou em 20% – Que tipo de paz?”, advertiu ela.
Zakharova advertiu que a situação na linha de contato em Donbass continua se deteriorando de acordo com os dados da Missão Especial de Monitoramento da Organização para Segurança e Cooperação na Europa.
Este mecanismo relatou que nas últimas duas semanas contou cerca de sete mil violações de cessar-fogo, cinco vezes mais do que em dezembro do ano passado.
“O que isso significa? Isso significa que a cada cerca de três minutos há um disparo, uma explosão na região e a vida de alguém está em perigo”, ela enfatizou. Para o representante do Ministério das Relações Exteriores russo, as declarações de Kiev sobre seu desejo de reduzir as tensões no leste da Ucrânia soam falsas no contexto das tentativas de legalizar o pessoal militar estrangeiro que eles empregaram no país.
A este respeito, ela chamou a atenção para o fato de que há alguns dias o país aprovou uma emenda para simplificar a aquisição da cidadania ucraniana para instrutores militares estrangeiros.
Zakharova disse que com esta medida as autoridades ucranianas estão tentando contornar as exigências do pacote de medidas de Minsk sobre a retirada de formações militares, equipamentos militares e mercenários estrangeiros do território da Ucrânia.
“Ou seja, se lhes for apontado que há instrutores militares de outros países em seu território, aparentemente eles nos responderão: De que tipo de instrutores militares você está falando? Eles têm cidadania ucraniana”, disse ele.
